Sociedade

Duas Copas: uma para esquecer, outra para recordar

Uma lista com dez momentos esquecíveis e dez inesquecíveis do Mundial de 2014

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Dez motivos para lembrar

Neymar. O camisa 10 da seleção brasileira se salvou do naufrágio. Enquanto esteve em campo, mostrou por que é um dos maiores talentos da atualidade: correu, driblou, marcou quatro gols, deu duas assistências em bola parada e ainda converteu a cobrança derradeira contra o Chile na decisão por pênaltis. Aos 22 anos, mostrou maturidade e abriu caminho para uma trilha vitoriosa na história das Copas. [Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil]

Farid Mondragón. Em 24 de junho, o goleiro colombiano entrou para a história como o jogador mais velho a atuar em uma Copa do Mundo. Ele entrou em campo aos 38min do segundo tempo da vitória por 4 a 1 da Colômbia sobre o Japão. Aos 43 anos, o arqueiro do Deportivo Cali superou o antigo recordista, o camaronês Roger Milla, que tinha 42 quando participou da Copa de 1994.

Dez motivos para esquecer*

Cristiano Ronaldo. Uma pena que o maior jogador da atualidade, segundo a Fifa, não contou com uma equipe à altura do seu talento. Com apenas um gol, o craque do Real Madrid naufragou em meio a uma campanha irregular da seleção portuguesa com uma derrota, um empate, uma vitória e a queda ainda na primeira fase. [Foto: Prefeitura de Campinas]

Decepção africana. Não adiantou beijar os maços de dólares enviados de avião ao Brasil para debelar uma crise na seleção de Gana, que reclamava do atraso de pagamentos e ameaçava não entrar em campo no último jogo da primeira fase, contra Portugal. A equipe entrou, foi derrotada, e voltou para casa mais cedo, a exemplo de Camarões e Costa do Marfim. A atitude marcou negativamente a passagem da equipe pelo Brasil.

Lesão de Neymar. A joelhada imprudente do lateral Zuñiga tirou do Brasil sua maior arma. A fratura da terceira vértebra da coluna impediu a participação de Neymar nas duas últimas partidas e tirou parte do brilho do Mundial. [Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil]

Perseguição a Zuñiga. Algoz de Neymar, o lateral da Colômbia se transformou em alvo da ira de torcedores que usaram as redes sociais para atacar o atleta com um arsenal e brutalidade. Entre ofensas racistas e ameaças de linchamento, chegaram ao absurdo de postar imagens da filha do jogador com insultos e apologia ao estupro. Foi a prova de que alguns usuários da rede não deveriam ter saído jamais de suas cavernas.

Mordida de Suárez. Heroi do Uruguai na partida contra a Inglaterra, Suarez jogou no lixo a possibilidade de brilhar em sua segunda Copa ao morder, diante das câmeras, o zagueiro Chiellini na vitória contra a Itália. A mordida rendeu, além de piadas até o fim do Mundial, uma suspensão draconiana: nove jogos de gancho e a proibição de participar de qualquer atividade fora de campo com sua seleção. Um dos pontos mais baixos de uma Copa marcada pelo alto nível dos embates. [Foto: Renata Silva/Setes]

Erros de arbitragem. Foi um festival de erros: os pênaltis mal marcados sobre Fred e Robben, gols mal anulados de Bósnia e México, falta mal marcada sobre Hulk contra a Colômbia, impedimentos mal assinalados e, sobretudo, botinadas não punidas. A ausência de controle passou longe do padrão Fifa exigido pela entidade máxima do futebol.

O tombo dos gigantes. Favoritos até o início da Copa, equipes como Itália e Inglaterra fizeram campanhas pífias e caíram logo na primeira fase. Uruguai sucumbiu nas oitavas e a França, nas quartas. Nem mesmo a “ótima geração” belga conseguiu empolgar. No fim, times menos badalados roubaram a cena e impediram nomes como Pirlo, Baloteli, Rooney ou mesmo Cristiano Ronaldo de mostrar no Brasil o seu melhor futebol. [Michael Dantas / Agecom]

Ausências. Ao todo, 53 convocados não puderam atuar no Mundial devido a lesão, casos de Thiago Alcantara, Van der Vaart, Rossi, Reus, Falcão Garcia e Ribéry, um dos melhores jogadores da atualidade. Destaque negativo também para os desfalques ao longo da Copa, como os de Neymar, de Jong e Di Maria. Com eles em campo, a história do Mundial poderia ter sido outra.

Vaias e xingamentos. A torcida que deveria fazer uma festa na Copa das Copas mostrou também seu lado raivoso. Diante das câmeras de todo o mundo, vaiou e xingou como quem atira ovos e pipocas no picadeiro. Não poupou o hino de equipes rivais nem a presença de autoridades no estádio, caso da presidenta Dilma Rousseff. [Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil]

*A seleção de lances para esquecer não leva em conta os incidentes, acidentes, mortes, remoções forçadas e prisões registradas antes, durante e depois do Mundial. Há lances que não estavam diretamente relacionados aos destinos dos jogos nem merecem ser esquecidos.

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