A taxa média de desemprego no Brasil teve novo recuo no trimestre encerrado em junho, registrando 8,0%, o menor resultado para o período desde 2014.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua produzida pelo IBGE, divulgados nesta sexta-feira 28, mostram uma redução de 0,8 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior, de janeiro a março.
Do segundo trimestre de 2023, cerca de 8,6 milhões de pessoas encontravam-se desocupadas no País, uma redução de 14,2% se comparado ao mesmo período do ano passado.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, o recuo no segundo trimestre na taxa de desocupação aponta para a recuperação de padrão sazonal desse indicador. “Pelo lado da ocupação, destaca-se a expansão de trabalhadores na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, no trimestre e no ano”, destacou em nota.
A pesquisa ainda revelou que o contingente de brasileiros empregados no setor privado sem carteira de trabalho chegou a 13,1 milhão de pessoas, um aumento de 2,4% na comparação com o trimestre anterior.
A taxa de informalidade também teve um ligeiro aumento, passando de 39,0% no primeiro trimestre para 39,2% agora.
“O tipo de vínculo que se destaca como responsável pelo crescimento da ocupação vem de um dos segmentos da informalidade, que é o emprego sem carteira assinada”, explicou Adriana.
Os trabalhadores subutilizados também teve queda no período de 1,0 ponto percentual no trimestre e 3,4% no ano. O total de pessoas subutilizadas chegou a 20,4 milhões, uma redução de 5,7% em relação ao trimestre anterior.
A população fora da força de trabalho ficou em 67,1 milhões, permanecendo estável em relação ao trimestre anterior.
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