Sociedade

Deputado do PSL diz que assédio é “direito” das mulheres e “massageia ego”

Nas redes sociais, parlamentar criticou ações previstas por coletivos feministas no Carnaval e disse que movimento é segregador

O deputado estadual Jessé Lopes (PSL), de Santa Catarina (Foto: Solon Soares / Agência AL)
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O deputado estadual de Santa Catarina Jessé Lopes (PSL) criou polêmica nas redes sociais ao criticar ações de coletivos feministas previstas para o Carnaval na cidade, como a entrega de adesivos escritos “não é não” para conscientizar sobre o assédio contra mulheres. Em uma publicação feita no Facebook, o parlamentar condenou o que chama de “carnaval politicamente correto”.

Para Lopes, as feministas contra a família patriarcal tentam ganhar a opinião pública “defendendo” as mulheres do estupro, do feminicídio e do assédio dos “machos escrotos”. Ele também desaprovou a entrega dos adesivos ‘não é não’ apenas para mulheres e disse que a ação tem o “intuito de confundir as pessoas entre o limite do que é assédio e do que é um simples “dar em cima. Logo logo, ser homem será crime”, escreveu.

Em outra publicação, o parlamentar afirmou que mulheres gostam de ser assediadas. “Não sejamos hipócritas! Quem, seja homem ou mulher, não gosta de ser “assediado(a)”? Massageia o ego, mesmo que não se tenha interesse na pessoa que tomou a atitude”, escreveu.

Ainda complementou que combater o assédio é tirar o direito das mulheres serem assediados. “Após as mulheres já terem conquistado todos os direitos necessários, inclusive tendo até, muitas vezes, mais direitos que os homens, hoje as pautas feministas visam em seus atos mais extremistas TIRAR direitos. Como, por exemplo, essa em questão, o direito da mulher poder ser “assediada” (ser paquerada, procurada, elogiada…). Parece até inveja de mulheres frustradas por não serem assediadas nem em frente a uma construção civil”, escreveu.

O parlamentar ainda afirmou que todas as mulheres sabem lidar com o assédio, minimizando as questões acerca do que chamou de “dar em cima” e pediu que as pessoas não participem desse movimento segregador no carnaval.

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