CPX: Ativistas desmentem fake news que tentam associar Lula ao narcotráfico

O boné recebido pelo petista foi um presente de Rene Silva, fundador do jornal Voz das Comunidades e liderança comunitário no Complexo do Alemão (RJ)

Rosângela da Silva, Lula e Rene Silva — Foto: Selma Souza

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O ato de campanha do ex-presidente Lula (PT) no Complexo do Alemão (RJ) nesta quarta-feira 12, foi alvo de fake news de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). A sigla do boné “CPX” foi usada para tentar associá-lo novamente a facções criminosas, como se a abreviação fosse uma gíria usada pelo tráfico de drogas. 

Na verdade, a sigla significa “Complexo”, como os Complexos do Alemão, da Penha e da Maré, bem como, a sigla CDD, para se referir a Cidade de Deus.

O evento repercutiu em uma grande mobilização na internet. Segundo o especialista em laboratório e analista de dados, Arcelino Neto, o assunto “Complexo do Alemão” engajou 48.975 contas, gerou 203.566 interações e 1.175.670 curtidas no Twitter. Além disso, esteve em 1º lugar dos assuntos mais comentados do Brasil.

Para Rene Silva, fundador do jornal Voz das Comunidades e líder comunitário nas favelas do Alemão, a associação é criminosa. Em seu perfil nas redes sociais relembrou que a abreviação também é usada até mesmo pela polícia militar. 

O jornalista foi um dos responsáveis pela organização local da caminhada e contou que deu o boné para o ex-presidente Lula como uma forma de representatividade das favelas do Rio. 

Outras associações falsas aconteceram após este caso, como se as motos dos mototaxistas fossem bancadas pelo tráfico. 

O senador Flávio Bolsonaro (PL) e o ex-secretário e deputado federal Mario Frias (PL) compartilharam diferentes versões das fake news sobre o assunto. 

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