Sociedade
Corregedoria prende o 2º policial suspeito de executar delator do PCC em São Paulo
O soldado foi identificado como Ruan Silva Rodrigues. O crime aconteceu em novembro, no Aeroporto de Guarulhos
A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo prendeu nesta terça-feira 21 o segundo suspeito de atirar contra o delator do PCC Vinícius Gritzbach, assassinado em novembro, no Aeroporto de Guarulhos (SP).
Ruan Silva Rodrigues, soldado do 20º BMP/M, foi preso em sua casa, em Cotia, na região metropolitana da capital paulista. Na última quinta-feira 16, a Corregedoria prendeu o cabo Dênis Martins, suspeito de ser o primeiro executor.
A detenção de Martins ocorreu por suposta violação ao artigo 150 do Código Penal Militar, sobre organização de militares para praticar violência.
Morto em 8 de novembro, Gritzbach tinha problemas com o PCC, especialmente por ter mandado matar dois integrantes da facção criminosa. Ele chegou a fechar um acordo de delação premiada com a Justiça, mas já estava “jurado” de morte.
Gritzbach foi alvejado ao desembarcar no terminal 2 do Aeroporto de Guarulho quando voltava de uma viagem a Alagoas. Um motorista por aplicativo que estava no local foi atingido e também morreu.
Na última quinta, além de Dênis Martins, a Corregedoria prendeu 14 homens ligados à escolta ilegal de Gritzbach, dois deles tenentes. “Um oficial era o chefe que gerenciava a segurança pessoal ilícita do Vinícius. Um outro oficial favorecia alguns policiais militares com a escala, dava folgas para os policiais, fazia intermediação de escalas para os policiais”, detalhou o corregedor da PM, coronel Fábio Sérgio do Amaral.
Após prender os atiradores, a polícia deve intensificar a busca pelos mandantes do crime.
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