Sociedade

Conselho defende que MA apresente plano emergencial para prisões

Após reunião em Brasília, órgão vinculado à Secretaria de Direitos Humanos estabelece dez ações para colocar fim à crise no Complexo Penitenciário de Pedrinhas

Conselho defende que MA apresente plano emergencial para prisões
Conselho defende que MA apresente plano emergencial para prisões
CDDPH se reuniu em Brasília nesta quinta-feira 9
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O Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) elaborou nesta quinta-feira 9 um documento propondo dez ações para colocar um fim à crise no Complexo Penitenciário de Pedrinhas em São Luís (MA), onde 60 detentos foram mortos no ano passado.

Na declaração pública, o órgão vinculado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República defende que o estado do Maranhão apresente um plano emergencial com o objetivo de “superação imediata das graves violações de direitos humanos dentro do complexo penitenciário”.

O texto, entretanto, não faz menção à intervenção federal ao sistema carcerário do estado, medida que está sob avaliação da do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Cabe a ele enviar o pedido de intervenção ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O CDDPH aponta a necessidade de se apurar e responsabilizar juridicamente os responsáveis pelas ações criminosas dentro do complexo penitenciário e pelos ataques a ônibus em São Luís, que provocaram a morte da menina Ana Clara Santos, de seis anos de idade. A ordem para os ataques partiu de dentro do presídio de Pedrinhas.

Na nota, o colegiado, que se reuniu em Brasília, também cobrou a responsabilização dos agentes de estado que “eventualmente tenham participado de ações criminosas, bem como atos de improbidade administrativa” e recomendou aos meios de comunicação “que utilizem rigorosos padrões éticos da divulgação dos fatos, em especial das imagens veiculadas nas diferentes plataformas, pautando sua atuação pela não banalização da violência e proteção da imagem das vítimas”.

A crise no Maranhão ganhou repercussão nacional com a divulgação de um relatório produzido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O documento mostrou que 60 presos foram mortos no interior do Complexo de Pedrinhas no ano passado e que mulheres foram estupradas durante o período de visitas. No presídio, houve episódios de violência extrema com detentos mortos sendo decapitados em confrontos entre facções rivais.

Também nesta quinta, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, se reuniram no Palácio dos Leões para tratar de ações para controle da criminalidade no estado.

Até o momento, ficou acertado entre o estado e o governo federal que 25 presos considerados de alta periculosidade e responsáveis pelos ataques serão transferidos para presídios federais e que a Força Nacional de Segurança Pública vai permanecer em São Luís pelo menos até o dia 23 de fevereiro. A tropa está atuando diretamente nas instalações do sistema prisional.

Com informações da Agência Brasil

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