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Com previsão de chuvas fortes até domingo, Rio Grande do Sul decreta calamidade pública

Em quatro dias, o estado teve o triplo da chuva esperada para esta época do ano

Com previsão de chuvas fortes até domingo, Rio Grande do Sul decreta calamidade pública
Com previsão de chuvas fortes até domingo, Rio Grande do Sul decreta calamidade pública
Chuvas no Rio Grande do Sul. Foto: Gustavo Ghisleni / AFP
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Nos últimos dias, o Rio Grande do Sul sofreu com chuvas intensas. A precipitação registrada equivale a três vezes a média para esta época do ano, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Até o momento, os temporais deixaram 13 mortos e 21 desaparecidos, conforme dados mais recentes da Defesa Civil e da Polícia estadual.

A cidade de Santa Maria, na região central do estado, foi a que registrou o maior volume de chuva em todo o estado nos últimos dias. Ao todo foram observados 436,2 milímetros de chuva, o triplo esperado para o mês.

Diversos municípios estão isolados, em decorrência da queda de pontes e destruição de estradas. Diante do colapso, o governador Eduardo Leite (PSDB) decretou calamidade pública na noite desta quarta-feira 1º e pediu auxílio do governo federal para a operação de busca pelos desaparecidos e resgate dos isolados. O presidente Lula (PT) e uma comitiva de ministros devem desembarcar no estado nesta quinta-feira 2.

O último boletim informou, ainda, que 8,3 mil pessoas precisaram deixar suas casas. Destas, 1.072 pessoas estão em abrigos e 3.416 foram desalojados.

Previsão

Segundo o Clima Tempo, há mais chuva projetada para a região central do estado nesta quinta-feira 2. Grandes volumes de precipitação ainda são esperados nos vales dos rios Taquari, Caí e Pardo, Região Metropolitana de Porto Alegre, Serra, Norte e Nordeste.

A previsão é de que as chuvas fortes continuem até domingo no estado. Dados apontam que a região pode registrar casos de microexplosão, uma combinação de intensas rajadas de vento em direção ao solo, condição que pode causar grandes estragos.

A projeção é de que as rajadas de vento podem ser de até 100 km/h. Há risco para novas inundações, inclusive com transbordamento de rios e deslizamentos.

O fenômeno de microexplosão citado ocorre quando há grande diferença de temperatura e mudança na direção dos ventos. Situação parecida acometeu o Rio Grande do Sul no último sábado 27.

A instabilidade também pode ganhar ainda mais força com a chegada de uma frente fria que avança em direção a Santa Catarina, outro estado do Sul do País, nesta quinta-feira 2.

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