Depois de publicar um comentário de cunho racista sobre o jogador francês Kylian Mbappé, o youtuber Júlio Cocielo teve seu histórico de piadas preconceituosas exposto pelos internautas.
Ele tentou deletar as postagens ofensivas, mas capturas de tela e uma maciça campanha nas redes sociais levaram marcas como Coca-Cola, Submarino e Itaú, que já contrataram o youtuber para campanhas publicitárias, a romper relações com Cocielo.
No sábado 30, ele comentou que Mbappé “conseguiria fazer uns arrastão top”. Após a postagem preconceituosa, diversas publicações semelhantes passaram a ser lembradas por usuários das redes sociais.
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Em 2013, Cocielo disse: “gritei vai macaca pela janela e a vizinha negra bateu no portão de casa pra me dar bronca”. No mesmo ano, afirmou que o Brasil “seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas”. “Mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros”, completou.
Em 2010, Cocielo fez mais uma piada inaceitável. “Porque o Kinder Ovo é Preto por fora e Branco por dentro?…porque se ele fosse Preto por dentro o brinquedinho seria roubado.
“O respeito à diversidade é um dos principais valores da nossa companhia, em nossas campanhas celebramos as diferenças e promovemos a união. Manifestações preconceituosas não são toleradas. Repudiamos qualquer forma de racismo, machismo, misoginia ou homofobia”, diz a nota da empresa.
O Itaú substituiu um vídeo para a Copa em que Cocielo aparecia. O banco afirmou que “repudia toda e qualquer forma de discriminação e preconceito”. “Esperamos que o respeito à diversidade sempre prevaleça.”
Em sua defesa, Cocielo afirmou que o tuíte foi mal interpretado. “A piada se referia a velocidade dele devido a um lance de jogo, nada além disso”, comentou. Ele disse ter vergonha dos tuítes antigos. “Na época esses comentários infelizes tinham uma interpretação totalmente diferente de hoje, um momento delicado. Muitas vezes fui irônico, muitas vezes estava zoando amigos, muitas vezes só queria ser o engraçadão, e são coisas que eu nem lembrava ter escrito… De qualquer forma, não existe justificativa, isso fez eu me sentir muito mal só de imaginar ter sido uma pessoa escrota.”