Sociedade
Com flexibilização de isolamento, mais de 5 milhões de trabalhadores retornam às atividades
Levantamento do IBGE identificou 11,8 milhões de trabalhadores desocupados, número acima do registrado em maio, de 9,8 milhões
Mais de cinco milhões de trabalhadores já deixaram o afastamento do trabalho iniciado com a pandemia do coronavírus, segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira 10.
Na terceira semana de junho, cerca de 11,1 milhões estavam afastados do trabalho, abaixo da semana anterior, quando 12,4 milhões estavam afastados, e também dos 16,6 milhões de afastados no começo de maio. Com isso, o percentual de afastados entre os ocupados caiu de 19,8% no início de maio para 13,3% no dado mais recente.
Os dados fazem parte da pesquisa Pnad Covid, que busca identificar os efeitos da pandemia no mercado de trabalho e na saúde dos brasileiros.
O estudo também aferiu o número de desocupados. De 14 a 20 de junho, o número ficou em 11, 8 milhões, estável se comparado à semana anterior, que registrou 11,9 milhões, mas acima do registrado no início de maio, quando os desempregados somavam 9.8 milhões.
Os trabalhadores ocupados somaram 84 milhões, de acordo com o levantamento. Entre essa parcela, 8,7 milhões trabalhavam de forma remota na terceira semana de junho.
A taxa de ocupados vem caindo, conforme já vinha demonstrando a pesquisa. No trimestre encerrado em maio, a pandemia da covid-19 destruiu 7,8 milhões de postos de trabalho no Brasil. Isso fez com que a população ocupada caísse 8,3% na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro, indo para 85,9 milhões de pessoas.
A pesquisa ainda contabiliza 74,5 milhões de trabalhadores que não estão trabalhando e nem procurando trabalho. Dessa parcela, 17,3 milhões afirmam que gostariam de trabalhar, mas não procuram trabalho por causa da pandemia. A taxa teve queda se comparada à semana anterior, quando o número chegou a 18,2 milhões, e também na comparação com o início da pesquisa em maio (19,1 milhões).
O cenário sugere que, com a flexibilização das medidas de distanciamento social em grande parte do País, a pandemia deixou de ser um empcilho na busca por trabalho para 827 mil pessoas.
Também no o mês passado, o IBGE divulgou a primeira pesquisa mensal da Pnad Covid-19, com os resultados consolidados de maio. O estudo apontou que os brasileiros mais afetados pela doença são os pretos, pardos, pobres e sem estudo.
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