Sociedade

Censo 2022: quase 60 milhões de pessoas já foram recenseadas pelo IBGE

Operação começou no dia 1º de agosto. Até agora, estado mais adiantado é o Rio Grande do Norte, com 53% de setores pesquisados

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O IBGE divulgou nesta terça-feira o primeiro balanço do censo demográfico de 2022. Até esta manhã, o total de população recenseada foi de 59.616.994 pessoas. O estado mais adiantado na coleta de informações é o Rio Grande do Norte, com 53% de setores pesquisados.

Mesmo com 6,5 mil desistências entre os recenseadores, o gerente técnico do censo garante que a produtividade individual dos profissionais está dentro do esperado.

“Os setores estão sendo trabalhados no tempo adequado e os sistemas de coleta, acompanhamento e transmissão estão funcionando bem, assim como os equipamentos”, declarou.

O andamento da coleta de informações sobre a população brasileira pode ser acompanhado no hotsite do Censo 2022, que mostra diariamente o total da população recenseada no país e a evolução dos setores trabalhados por unidades de federação.

Considerando os 452.246 setores censitários urbanos e rurais do país, 38,4% já foram trabalhados.

Já é possível traçar cenários de gênero e etariedade com a amostra inicial de informações coletadas pelos entrevistadores. Até o momento, 47,8% da população recenseada eram homens e 52,2% eram mulheres. Segundo Duarte, os dados coletados apontam que a população brasileira envelheceu.

“Já conseguimos observar na pirâmide parcial o envelhecimento da população, com o topo da pirâmide mais avolumado, e picos nas idades de 40 e 20 anos, conforme o esperado. Os indicadores de qualidade vêm mostrando que a informação é consistente, não há indícios de que haja sub ou sobre enumeração de alguma idade”, disse o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte.

Quilombolas, indígenas e recusas

Pela primeira vez, a população quilombola brasileira está sendo recenseada. O trabalho enfrenta obstáculos como a questão geográfica territorial, que pode gerar subnotificações. Segundo o IBGE, 450.140 de indígenas (0,77%) e 386.750 quilombolas (0,66%) já foram contados.

“Quanto aos quilombolas, mesmo sendo parcial, esse já é um número inédito, pois é a primeira vez que estamos fazendo essa investigação”, frisou Duarte.

O número de pessoas que se recusou a responder a pesquisa também preocupa o IBGE. Cerca de 2,3% dos domicílios não quis participar da pesquisa, mas, segundo Duarte, a expectativa é de que o percentual seja reduzido até o fim da operação com a aplicação de protocolos de insistência.

Mesmo com a possibilidade de responder ao questionário do IBGE de forma remota, poucas famílias optaram pela modalidade. A maior parte dos questionários (99,7%) foi respondida de forma presencial. Apenas 34.055 domicílios optaram por responder pela internet e 30.202 pelo telefone.

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