Sociedade

Ceará tem mais 37 mortes em período de 24 horas

Já são 88 assassinatos entre a quarta-feira 19 e a sexta-feira 21, uma média de uma vítima a cada 49 minutos

Créditos: EBC
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O Estado do Ceará registrou mais 37 mortes em um período de 24 horas. Já são 88 assassinatos entre a quarta-feira 19 e a sexta-feira 21, uma média de uma vítima a cada 49 minutos, segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social.

As mortes ocorrem durante paralisação realizada por policiais militares em diversos municípios. O grupo reivindica reajuste salarial para a categoria, que, de acordo com a Constituição, não pode fazer greve. Os crimes englobam casos de homicídio doloso, feminicídio, lesão corporal seguida de morte e latrocínio. Até o início da greve —proibida pela Constituição Federal e considerada ilegal pela Justiça do Ceará— o estado tinha, em média, seis assassinatos por dia.

Neste sábado, a paralisação dos policiais chega ao quinto dia. O governo do Estado afastou 167 policiais que participam da paralisação. Serão 120 dias de afastamento e processos disciplinares conforme divulgados no Diário Oficial do Estado da sexta-feira 21. Os agentes sairão da folha de pagamento a partir deste mês de fevereiro.

Esses policiais devem entregar identificações funcionais, distintivos, armas, algemas e outros elementos que os caracterizem nas suas unidades.

A greve dos PMs no Ceará ganhou maior repercussão na quarta-feira 19, quando o senador Cid Gomes foi baleado ao tentar romper, com uma retroescavadeira, uma barricada feita pelos policiais em frente ao quartel.

Na sexta-feira, homens do Exército e da Força Nacional assumiram o patrulhamento das ruas em Fortaleza, capital cearense, e em outras cidades. A medida faz parte do decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) assinado pelo presidente Jair Bolsonaro como resposta à crise no estado nordestino.

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