Sociedade

Catador que carregava pedaço de madeira é morto após PM achar que ele portava fuzil

Dierson Gomes da Silva tinha 50 anos e deixa dois filhos

Catador que carregava pedaço de madeira é morto após PM achar que ele portava fuzil
Catador que carregava pedaço de madeira é morto após PM achar que ele portava fuzil
Dierson da Silva, de 50 anos, é morto por confusão da PM. Foto: Reprodução/CDD Acontece
Apoie Siga-nos no

Um homem foi morto na Cidade de Deus pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira 5, no quintal de casa, após agentes terem achado que ele portava um fuzil. A informação é do jornal O Globo.

Segundo o veículo, Dierson Gomes da Silva, de 50 anos, era catador de recicláveis e estava com um pedaço de madeira nas mãos. A Secretaria de Polícia Militar admitiu que o homem “foi morto por estar conduzindo o que aparentava ser um fuzil, pendurado em uma bandoleira”.

“De acordo com policiais do 18º BPM, uma equipe da unidade se deslocava pela localidade do Pantanal, uma área historicamente conflagrada, quando se deparou com um homem conduzindo o que aparentava ser um fuzil, pendurado em uma espécie de bandoleira improvisada com tecidos. Os policiais efetuaram disparos e o atingiram. O ferido não resistiu”, diz a nota.

O comunicado também diz que o comando da Corporação instaurou uma apuração.

Em nota, a Polícia Civil declarou que “a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e a perícia foi realizada no local”, que “os agentes envolvidos estão sendo ouvidos, bem como testemunhas”, e que “diligências estão em andamento para esclarecer os fatos”.

O jornal afirma que a PM realizava uma operação na região e atingiu a vítima com pelo menos dois tiros. O corpo apresentava ferimentos no pescoço e na canela. Ele era viúvo e pai de dois filhos.

ENTENDA MAIS SOBRE: ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo