Sociedade
Caso Vitória: polícia indicia Maicol Santos, principal suspeito do crime em Cajamar
Investigadores acreditam que jovem agiu sozinho no crime; defesa alega que ele foi coagido a confessar o assassinato


A Polícia Civil de São Paulo indiciou Maicol Santos, principal suspeito de matar a jovem Vitória Sousa, que foi sequestrada no final de fevereiro em Cajamar, litoral do estado.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), que divulgou nota sobre o caso nesta segunda-feira 31, Maicol foi indiciado por “homicídio qualificado em concurso com sequestro de ocultação de cadáver”.
Nem todas as diligências relativas ao caso foram finalizadas. A SSP não descarta “a possibilidade de uma perícia complementar”, de modo que nesta segunda-feira 31 os agentes foram até a casa de Maicol para realizar os procedimentos.
Os exames foram solicitados ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML), devendo ser analisadas pela polícia quando forem finalizadas.
O caso Vitória
O corpo de Vitória Regina de Sousa foi encontrado no último dia 5. As investigações sobre o caso mostraram que a jovem foi sequestrada logo depois de sair do trabalho.
A polícia acredita que Maicol agiu sozinho. Preso, o rapaz foi apontado como alguém “obcecado pela vítima”, de acordo com a política.
A polícia acredita que Maicol tenha traços de psicopatia, mas ressalta que “essa circunstância vai ser avaliada na elaboração do seu exame criminológico, que vai ser necessário na fase judicial”.
Maicol, dias após a prisão, confessou o crime. A defesa dele, entretanto, disse que o rapaz acabou sendo coagido a confessar a relação com o assassinato de Vitória. Um dos argumentos é que a defesa não estaria presente no depoimento.
A SSP alega que o depoimento é legal e que, no momento da fala, Maicol estava na presença de uma advogada, embora ela não o defendesse.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Suspeito de sequestrar e matar garota de 13 anos em PE era conhecido da família
Por CartaCapital
Caso Vitória: entenda o que é o stalking, parte do ordenamento jurídico há 4 anos
Por CartaCapital