Sociedade
Caso Marielle: Ronnie Lessa e Élcio Queiroz entram com recurso para evitar júri popular
Presos desde 2019, eles respondem por duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe e emboscada


O sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz entraram com recurso na Justiça para não serem levados a júri popular, conforme determinou, em março, a 4ª Vara Criminal da Justiça do Rio. Os recursos serão julgados pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Ronnie e Élcio são acusados das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, executados no Estácio, bairro na Região Central do Rio, em 14 de março de 2018.
Os dois estão presos desde o ano passado em Porto Velho (RO) e respondem por duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, emboscada e sem dar chance de defesa às vítimas.
Ronnie Lessa é apontado na denúncia como o autor dos disparos. Ele estaria no banco de trás do Cobalt que perseguiu o carro da vereadora. Segundo a investigação, Élcio de Queiroz dirigia o veículo.
Ainda não há respostas sobre quem mandou matar Marielle e Anderson. O caso é tratado como sigiloso pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). A Polícia Federal havia se oferecido para assumir as investigações, mas o estado declinou.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.