Sociedade

Candidatos do PT relatam ter sofrido atentado a tiros em Caraguatatuba

Polícia Civil localizou suspeito de ter xingado petistas e feito quatro disparos na sexta-feira 16; ninguém ficou ferido

O candidato a prefeito de Caraguatatuba pelo PT, José Mello. Foto: Reprodução
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A Polícia Civil localizou, neste domingo 18, um homem suspeito de ter feito ofensas e disparos com arma de fogo durante uma discussão com candidatos do PT na cidade de Caraguatatuba, no norte do estado de São Paulo. O caso ocorreu na noite de sexta-feira 16. Ninguém ficou ferido.

Segundo boletim de ocorrência registrado no sábado 17, as vítimas teriam sido o candidato a prefeito de Caraguatatuba, José Mello, a candidata a vice, Maíra Martins, a candidata a vereadora Cássia Gonçalves de Jesus e o presidente do diretório municipal da legenda, Luan Moreno. O caso está na Delegacia de Polícia de Caraguatuba.

Os candidatos narram que o atentado ocorreu após terminarem um lanche em um trailer chamado de “Lanchefe”, no bairro de Jardim Britânia. Eles estavam vestidos com camisas e máscaras com o símbolo do PT, pois estão em campanha política desde 27 de outubro.

Segundo as vítimas, um carro com dois ocupantes se aproximou, e um homem, dentro do veículo, chamou os petistas de “apoiadores de ladrão”. Em seguida, os candidatos decidiram sair do local, mas dizem ter ouvido três estampidos semelhantes a disparos de arma de fogo.

“Fomos abordados por um rapaz que, dentro de seu carro, começou a nos atacar, nos xingando, dizendo que somos apoiadores de bandido, que o presidente Lula é o maior ladrão da história do país”, disse José Mello, ouvido por CartaCapital.

Ignoramos, viramos as costas, e quando estávamos chegando no carro, ouvimos quatro disparos, diz José Mello.

Eles dizem não ter visto quem foi o autor dos disparos. Depois, teriam passado as informações para policiais militares que chegaram no momento em uma viatura.

Outro boletim de ocorrência também foi registrado por uma testemunha dos disparos.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), quatro cápsulas de pistola calibre 9 mm foram apreendidas. De acordo com o órgão, os disparos teriam sido feitos para o alto. O homem suspeito tem licença de praticante de tiro e sua arma será apreendida para perícia. Ele ainda será ouvido em depoimento.

Em nota publicada no sábado 17, o PT afirmou que estuda medidas jurídicas a serem adotadas junto à Justiça Eleitoral e Federal e atribuiu a ocorrência ao que chamou de “escalada do fascismo”.

A presidente nacional da legenda, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que “as divergências políticas não podem se tornar oportunidade para a violência física”.

“No Brasil de [Jair] Bolsonaro, o recurso à violência física contra a oposição está virando lugar comum. Mas isso não pode ser tolerado”, declarou Gleisi.

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