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Brasil recebe novo voo com 94 repatriados dos Estados Unidos

Esse é o terceiro voo com deportados a chegar ao País após a posse de Donald Trump

Brasil recebe novo voo com 94 repatriados dos Estados Unidos
Brasil recebe novo voo com 94 repatriados dos Estados Unidos
O voo com os repatriados brasileiros chegou em Fortaleza por volta das 10h50 desta sexta-feira. De lá, seguiu um voo da FAB até o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins - Fotos: Raul Lansky/MDHC
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O Brasil recebeu, nesta sexta-feira 11, 21 de fevereiro, 94 brasileiros repatriados dos Estados Unidos. Eles chegaram às cidades de Fortaleza (CE) e Belo Horizonte (MG). O voo vindo dos EUA foi constituído por 75% de homens, nove crianças e dois idosos.

A chegada do voo com os repatriados brasileiros em Fortaleza ocorreu por volta das 10h50 desta sexta-feira. De lá, seguiu um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) até o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Grande BH.

A secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Janine Mello, coordenou a equipe de acolhimento da pasta no Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM), instalado no Aeroporto Internacional de Fortaleza.

Ela destacou que, do total de 94 passageiros, 13 ficaram na capital cearense e os demais 81 seguiram no avião para Confins. “São casos muito heterogêneos, diversos e a gente precisa ter cuidado na identificação do perfil geral dessas famílias. Alguns casos são de famílias que vieram juntas. Em outros casos, algum familiar pode ter ficado nos Estados Unidos”, explicou Janine Mello.

Esse é o terceiro voo com deportados a chegar ao País após a posse de Donald Trump. A primeira deportação causou uma crise diplomática entre EUA e Brasil pelo tratamento dado aos passageiros durante o translado.

Os brasileiros, naquela ocasião, chegaram ao País algemados e com correntes nos pés, apesar de não terem qualquer ficha criminal. Relatos de abuso moral e de uma aeronave sem condições dignas de transporte escalaram o incidente.

A diplomacia brasileira foi envolvida e, no segundo voo, montou uma operação de acolhida para os recém-chegados. Por acordo firmado com a embaixada norte-americana, nenhum brasileiro recebeu algemas. A expectativa é de que o modelo seja repetido nesta nova chegada.

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