Sociedade
Brasil enfrenta onda de calor com previsão de 40°C no inverno; entenda os motivos
A mudança de temperatura provocada pelo fenômeno El Ninõ fará com que o país registre temperaturas recorde para os meses de agosto e setembro
A última semana de agosto poderá quebrar recordes históricos de temperatura devido a uma massa de ar quente e seco que atinge as regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-oeste. A onda de calor prevista para durar ao menos até o sábado 26 elevará os termômetros a temperaturas equivalentes aos meses de setembro e outubro.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, as regiões Sudeste e Centro-Oeste devem registrar o aumento mais brusco de temperatura, com máximas de até 40°C em vários estados. A exemplo, São Paulo deve registrar entre 32°C e 34°C até quarta-feira; no Rio de Janeiro, os termômetros devem marcar máxima entre 36°C e 39°C já nesta tarde.
O destaque vai para o Rio Grande do Sul, que até quinta-feira deve registrar entre 32°C e 34°C nas regiões oeste e noroeste. Já a leste e em direção ao sul do estado, uma frente fria avançará ao longo desta terça-feira 22 com alta probabilidade de chuvas e tempestades.
A onda de calor também deve ser acompanhada de pancadas de chuvas e tempestades isoladas nas regiões Sudeste, Centro-oeste e Norte entre os dias 24 e 26. No Sul, as chuvas atingem o Paraná e Santa Catarina a partir do dia 23 e com pico na sexta-feira 25, com alto risco de condições climáticas severas.
Fenômeno El Ninõ
A intensa onda de calor que promete temperaturas recordes em pleno inverno pode ser explicada pelo fenômeno El Ninõ, que ocorre em picos de aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico.
O fenômeno acontece em intervalos irregulares, que variam de cinco a sete anos, e modifica o padrão de circulação da umidade atmosférica – principalmente sobre o eixo equatorial. No Brasil, o El Ninõ geralmente é caracterizado pela prevalência de ondas de seca no Norte e Nordeste e fortes chuvas no Sul-sudeste.
A mudança significativa nas temperaturas é explicada pela mudança na atmosfera somada ao corredor de vento formado a partir do Chile e que transportará o ar quente do Norte do país em direção ao Sul e Sudeste.
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