Representantes da Igreja Católica envolvidos na celebração do Sínodo da Amazônia lamentaram numa carta, divulgada na sexta-feira 30, por serem “criminalizados como inimigos da pátria” e exigiram “medidas urgentes” para a defesa da região amazônica.
Bispos, padres e religiosos se reuniram entre 28 e 30 de agosto em Belém, no norte do Brasil, como parte dos preparativos para o Sínodo que celebra sua fase final em outubro em Roma e é dedicado nesta ocasião discutir os “novos caminhos da Igreja” na região amazônica, que inclui nove países.
“Lamentamos imensamente que hoje, em vez de serem apoiadas e incentivadas, nossas lideranças são criminalizadas como inimigos da Pátria”, indica o texto.
Os religiosos disseram defender “de maneira intransigente” a Amazônia e exigiram “medidas urgentes dos governos contra agressões violentas e irracionais contra a natureza, destruição inescrupulosa da floresta que mata a flora e a fauna antigas com incêndios provocados criminalmente”.
O Sínodo é uma assembleia de bispos convocada pelo Papa, é realizada em Roma e aborda uma questão por ocasião. A escolha da Amazônia para este ano gerou “resistência e conceitos errôneos”, disse o cardeal brasileiro Claudio Hummes em uma entrevista na Itália em maio.
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