Sociedade

Barroso: governantes democráticos não devem fazer acenos a desordens futuras

Mais cedo, Bolsonaro declarou que Brasil terá um ‘problema pior que os EUA’ se não houver voto impresso nas eleições de 2022

Barroso: governantes democráticos não devem fazer acenos a desordens futuras
Barroso: governantes democráticos não devem fazer acenos a desordens futuras
Luis Roberto Barroso e Jair Bolsonaro. Fotos: Nelson Jr./STF e Marcos Corrêa/PR
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Roberto Barroso, afirmou nesta quinta-feira 7 que “uma importante lição da história é a de que governantes democráticos desejam ordem”. Segundo Barroso, “por isso mesmo, não devem fazer acenos para desordens futuras, violência e agressão às instituições”.

 

Pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro declarou que o Brasil terá um “problema pior que os Estados Unidos” se não houver voto impresso nas eleições de 2022. A afirmação foi feita a apoiadores na porta do Palácio da Alvorada horas depois de militantes pró-Donald Trump invadirem o Congresso dos Estados Unidos, no dia em que foi oficializada a vitória de Joe Biden.

À noite, em transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro voltou a lançar dúvidas sobre o processo eleitoral brasileiro. Novamente, o presidente não apresentou indícios de fraude para justificar suas alegações.

“O teu voto é confirmado e o papel cai dentro de uma urna. Houve desconfiança, pode ser então auditado. Qual o problema nisso? Estão com medo? Já acertaram a fraude para 22? Eu só posso entender isso daí”, disse o presidente ao defender o voto impresso.

Luis Roberto Barroso ainda assinalou que “a vida institucional não é um palanque e as pessoas devem ser responsáveis pelo que falam”.

“Se alguma autoridade possuir qualquer elemento sério que coloque em dúvida a integridade e a segurança do processo eleitoral, tem o dever cívico e moral de apresentá-lo. Do contrário, estará apenas contribuindo para a ilegítima desestabilização das instituições”, finalizou.

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