Sociedade
Banco Mundial propõe novo modelo para o Bolsa FamÃlia; veja qual
Proposta extingue o mÃnimo de 600 reais e traz pagamento extra conforme o número de filhos menores. Este formato, alega a instituição, seria mais justo e também mais econômico
Ainda durante a campanha eleitoral, Lula (PT) prometeu retomar o Bolsa FamÃlia, criado por ele mesmo em 2003 – e desfigurado durante o governo Bolsonaro (PL). Já exercendo o seu terceiro mandato, cumpriu a promessa: o programa, sob novas regras, atingiu recordes de repasses à s famÃlias de baixa renda.
Ainda há, porém, margem para melhorias que poderiam tornar o Bolsa FamÃlia ainda mais eficaz na redução da pobreza no Brasil. É o que indica uma nota técnica do Banco Mundial, divulgada nesta terça-feira 26 pelo jornal Folha de S. Paulo.Â
De acordo o órgão, uma versão mais justa do programa poderia incluir o pagamento de R$ 150 por membro da famÃlia, e mais R$ 150 extras para cada criança ou jovem até 18 anos. Este formato, alega a instituição, seria mais justo e também mais econômico para o governo.
Mas, para isso, o Bolsa FamÃlia teria que abrir mão de formato atual, que garante um pagamento mÃnimo de 600 reais por famÃlia. Ainda que a recomendação tenha mérito técnico, o Banco Mundial reconhece que seria um desafio polÃtico implementá-la.
A nota técnica do Banco Mundial está inserida em um contexto maior de discussão sobre a reformulação do programa. Uma simulação detalhada dessa proposta será apresentada hoje.
Nesta simulação, o Banco Mundial estima que o novo modelo traria benefÃcios para 46% das famÃlias atualmente atendidas pelo programa. No entanto, cerca de 43% dos beneficiários poderiam enfrentar reduções em seus repasses. Seria preciso implementar um mecanismo de transição para as famÃlias que deixariam de receber o piso de 600 reais.
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