O Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta quarta-feira 6 que não reconhece nenhum excesso por parte de policiais em operações na Baixada Santista.
“Não reconheço nenhum excesso até que se chegue oficialmente às forças policiais”, disse Derrite, reforçando que não se pode instaurar inquéritos através do que chamou de “relato informal”.
As falas de Derrite foram durante audiência da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
O secretário afirmou, ainda, que o programa de monitoramento por câmeras acaba por inibir a ação dos agentes.
“Nós mantivemos o programa. O que nós fizemos de inovador foi, em detrimento da câmera corporal, colocamos tornozeleira no criminoso”, disse.
Desde o início do ano, as cidades da região da Baixada Santista são alvos de duas operações simultâneas. Os moradores denunciaram execuções, torturas, invasões a domicílios e abordagens truculentas da PMSP.
Apesar da declaração do secretário, os dados mostram que os policiais militares de São Paulo mataram 57 pessoas na Baixada Santista entre janeiro e fevereiro. Esse é um número cinco vezes maior do que o registrado no ano passado.
O levantamento é do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira 4
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login