Sociedade

Avião que explodiu em Ubatuba tocou a pista à frente do ponto ideal, diz administrador do aeroporto

Piloto da aeronave, Paulo Seghetto, morreu no acidente; uma das passageiras está internada em estado grave

Avião que explodiu em Ubatuba tocou a pista à frente do ponto ideal, diz administrador do aeroporto
Avião que explodiu em Ubatuba tocou a pista à frente do ponto ideal, diz administrador do aeroporto
Um avião de pequeno porte caiu em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Foto: Wendeel Marques/AFP
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O avião que explodiu na praia em Ubatuba, na última quinta-feira 9, matando uma pessoa, utilizou menos pista do que tinha disponível no aeroporto da cidade do litoral paulista. A informação é da concessionária que administra o aeroporto da cidade no litoral paulista.

Em entrevista ao site G1, diretor-executivo da Rede Voa (empresa que administra o terminal), Marcel Moure, disse que a concessionária foi surpreendida pelo caso, e que, mesmo se a aeronave tivesse tocado a pista no ponto certo, ainda haveria riscos.

“Aparentemente, pelas câmeras do nosso aeroporto, o ponto de toque da aeronave foi bem à frente daquela zebra [ponto inicial]. Os 600 metros necessários [para o pouso] eram críticos para essa operação, isso não tenho dúvida, muito crítico, e ficou menor ainda”, explicou o empresário.

A pista do aeroporto de Ubatuba, que fica em frente à praia, tem 940 metros de extensão, sendo 560 metros disponíveis para pouso. Acontece que a aeronave – um modelo Citation 525 – precisaria de, pelo menos, 838 metros para poder pousar em segurança, diante da pista molhada para o pouso, como era o caso.

O avião possuía motor a jato. Segundo Mouro, é “muito raro” que uma aeronave desse porte pouse no aeroporto de Ubatuba, habituado a receber helicópteros e aeronaves turboélice, de menor porte. “Não recordamos da última vez que pousou uma aeronave a jato naquele aeroporto. É raro, é muito raro”, disse o empresário.

O plano de voo, porém, estava autorizado. Tendo saído de Goiás, a aeronave iria pousar na cidade litorânea, mas, caso as condições não estivessem boas, o piloto poderia seguir para São José dos Campos, no interior paulista. 

O piloto, que morreu no acidente, é Paulo Seghetto, que há mais de vinte anos prestava serviços à família proprietária do avião.

Os demais ocupantes eram Mireylle Fries, de 41 anos; o marido dela, Bruno Almeida Souza, de 48 anos; um menino de 6 anos e uma menina de 4 anos. Bruno e os filhos seguem internados, mas estão estáveis. Já Mireylle foi transferida para um hospital em Caraguatatuba e seu estado de saúde é considerado grave.

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