Sociedade
Avião pega fogo e faz pouso de emergência no aeroporto de Guarulhos
Aeronave era usada para transporte de cargas; ninguém ficou ferido


Um avião usado para o transporte de cargas realizou um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Guarulhos, São Paulo, após pegar fogo. O episódio ocorreu por volta das 2h deste sábado 9 e não há registro de vítimas.
Segundo a GRU Airport, concessionária que administra o local, o fogo foi identificado no porão do avião ainda em voo, o que culminou na necessidade de um pouso de emergência.
“Os bombeiros do aeroporto e a Equipe de Operações foram acionadas previamente ao pouso e continuam atuando para realizar a reabertura da pista”, informa em nota encaminhada à CartaCapital por volta das 10h30.
O avião envolvido no incidente é da empresa Total Cargo, que ainda não comentou o episódio. A aeronave é um Boeing 737-400F e tem a matrícula PS-TLB. As operações comerciais com o avião foram iniciadas, segundo sites especializadas no setor, em julho deste ano, após a aeronave receber a pintura com a marca da empresa.
“Este Boeing 737-400F tem 30 anos de idade. Começou seus serviços transportando passageiros para a Turkish Airlines. Após operar em mais algumas empresas, o jato foi retirado momentaneamente de operação em 2017, para conversão em cargueiro. Entre 2018 e 2023, voou na rede de carga aérea da irlandesa ASL Airlines, e então foi estocado entre março e maio do ano passado, antes de começar a ser preparado para a Total”, registra o site AeroIn.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Ao todo, além dos três veículos da brigada de incêndio do aeroporto, outros cinco viaturas do Corpo de Bombeiros atuam no local. Procurada, a corporação, porém, ainda não forneceu detalhes da operação.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), por sua vez, confirmou, em contato com CartaCapital, que esteve no local para realizar a primeira coleta de materiais para a investigação do caso.
“Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação”, descreveu o Cenipa em nota.
O órgão afirma que só se pronunciará sobre possíveis causas do fogo após concluir as investigações e publicar o relatório final do caso.
“A conclusão da investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.”
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