Sociedade

Até outubro, PM de São Paulo matou mais do que todo o ano de 2018

Segundo a ouvidoria da PM, 697 pessoas foram mortas por fardados até outubro. Número supera o ano de 2018, que teve 686 casos

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A Polícia Militar de São Paulo pode bater recordes de letalidade em 2019. Dados compilados pela Ouvidoria da PM até outubro mostram que 697 pessoas foram mortas por fardados. O número é superior ao de 2018, quando 686 pessoas foram mortas no mesmo período; e ainda pode superar os 940 casos registrados em 2017, ano em que se computou o maior número de mortos pela polícia desde 2014. As informações são da coluna da jornalista Mônica Bergamo.

O levantamento também mostra que mais pessoas foram mortas por policiais em serviço este ano, se comparado ao ano passado, 585 contra 535. O número cai em relação às pessoas mortas por policiais de folga, foram 112 este ano, contra 151 no ano passado.

A Polícia Civil, por sua vez, apresentou melhoras em seus índices. Foram 28 mortos por suas balas entre janeiro e outubro de 2018, contra 18 neste ano.

Os casos mais recentes envolvendo mortes em decorrência de ações de policiais militares são os de Paraisópolis e Heliópolis, favelas na zona sul da cidade de São Paulo. No primeiro caso, 9 jovens morreram após a PM realizar operação no baile funk da Dz7, na madrugada do domingo 1. No segundo território, houve uma morte.

Vídeos que circulam pela internet mostram policiais agindo com violência em ambos os casos. As versões da Polícia para as situações são parecidas.: os confrontos teriam começado após a corporação tentar abordagem de suspeitos. Em Heliópolis, o suspeito teria reagido e sido morta em confronto com a PM. Moradores, no entanto, rebatem a versão da PM. Os casos seguem sendo investigados.

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