Política

Assassinato no aeroporto: Policiais citados por delator do PCC são afastados

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo já havia afastado oito PMs suspeitos de envolvimento na execução de Antônio Gritzbach

Assassinato no aeroporto: Policiais citados por delator do PCC são afastados
Assassinato no aeroporto: Policiais citados por delator do PCC são afastados
Homem é morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Foto: Miguel Schincariol/AFP
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A Polícia Civil de São Paulo afastou os agentes citados no acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público paulista com Antônio Vinícius Gritzbach, assassinado na última sexta-feira 8 no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

De acordo com a Delegacia Geral de Polícia, os policiais mencionados foram transferidos de atividades operacionais para funções administrativas.

A Corregedoria solicitou ao Poder Judiciário o compartilhamento de informações, que seguem sob sigilo, para utilizá-las nos procedimentos disciplinares em andamento.

Já havia um procedimento aberto na Corregedoria em outubro — antes, portanto, da morte de Gritzbach — a fim de apurar a conduta dos policiais. “Para a instauração posterior da sindicância ou Processo Administrativo Disciplinar precisamos fundadas suspeitas e justa causa mais apurada”, explicou o delegado-geral de Polícia, Artur Dian.

Antônio Vinícius Gritzbach foi acusado de lavagem de dinheiro do PCC e por mandar matar dois criminosos da facção. Na colaboração para atenuar a pena, citou agentes públicos, segundo a Promotoria.

Na terça-feira 12, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo anunciou o afastamento preventivo de oito policiais militares suspeitos de envolvimento na execução de Gritzbach. Os agentes são do 18º e do 23º Batalhões de Polícia Militar Metropolitano, localizados nas zonas Norte e Oeste da capital, respectivamente.

Nesta semana, uma força-tarefa foi formalizada para apurar o caso, composta por agentes das polícias Civil, Militar e Técnico-Científica. Segundo informações iniciais, os investigadores analisam vídeos de câmeras de segurança e tomam depoimentos de testemunhas e sobreviventes para entender a dinâmica do atentado.

Até o momento, nenhum dos criminosos foi identificado ou preso, e a polícia segue em busca de pistas que possam levar à captura dos envolvidos. O caso é tratado como homicídio, lesão corporal e localização e apreensão de objeto.

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