Após morte em show de Taylor Swift, T4F alega ‘aprendizado’ e diz que setor repensará atuação

Seis dias após o caso, pronunciamento da empresa cita a necessidade de adaptar a área de eventos a uma nova realidade climática

Fãs de Taylor Swift aguardam na fila para segundo dia de show. Foto: Reprodução/ X

Apoie Siga-nos no

A T4F, organizadora da turnê de Taylor Swift no Brasil, divulgou nesta quinta-feira 23 um pronunciamento sobre a morte de Ana Benevides durante um show da cantora no Rio de Janeiro, em 17 de novembro. A empresa ressaltou a necessidade de “repensar a atuação” do setor de eventos diante da nova realidade climática.

Nas redes sociais, o CEO Serafim Abreu publicou um vídeo em que pede desculpas a todo o público que “não tenha tido a melhor experiência possível” nos três shows do Rio, em meio a uma sensação térmica de 60°C.

Na quarta-feira 22, o governo federal publicou uma portaria que permite a entrada com garrafas de uso pessoal em eventos. A medida também fixa a obrigação dos organizadores de disponibilizar bebedouros e pontos de distribuição de água gratuita.

Sobre a morte de um fã de Taylor Swift, Abreu admite que a T4F poderia ter adotado ações adicionais e disse que a ausência de um pronunciamento imediato sobre o caso se deve ao fato de que “o foco estava em incorporar os aprendizados”.

O CEO também alegou que a companhia está “disponível” para prestar assistência à família de Ana Benevides. No sábado 18, familiares da jovem de 23 anos recorreram a uma vaquinha virtual, impulsionada por fãs de Swift, para custear o transporte do corpo a Mato Grosso.

Relembre o caso


Ana Clara Benevides Machado morava em Mato Grosso e foi ao Rio de Janeiro para o show de Taylor Swift que aconteceu em 17 de novembro. A jovem teve uma parada cardiorrespiratória após a segunda música, em um dia no qual os termômetros bateram 39°C e a sensação térmica passou dos 60°C no Estádio Nilton Santos, local do evento.

Na ocasião, fãs da artista afirmaram que a organização do evento, sob a responsabilidade da T4F, limitou a entrada do público com garrafas de água. A própria cantora chegou a paralisar o show para pedir ajuda ao público após perceber pessoas passando mal na grade e na plateia.

Na segunda-feira 20, o Ministério Público Federal informou a abertura de uma investigação sobre a conduta da produtora durante os eventos.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.