Sociedade
Após morte de Genivaldo, PRF orienta que agentes evitem contato físico e ameaças
Diretriz aponta que armas de fogo devem ser utilizadas como último recurso


Dois meses após a morte de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado em uma viatura da Polícia Federal Rodoviária, em Sergipe, a corporação editou nova diretriz sobre abordagem de pessoas em crise de saúde mental. Segundo o documento, os agentes devem evitar o contato físico e ameaças contra o indivíduo.
A orientação diz que “ao tomar conhecimento de ocorrência envolvendo pessoa em crise de saúde psíquica”, mas não cita o caso de Genivaldo.
Conforme uma das diretrizes, o policial rodoviário não deve “ameaçar a pessoa em crise com prisão ou outras ameaças semelhantes, pois isso pode criar mais medo, estresse e potencial agressão [aos agentes]”.
“A contenção física e mecânica é uma medida de exceção e deve ser encarada como o último recurso para o controle da situação”, cita trecho do documento.
A orientação acrescenta ainda que, no caso de uma reação potencialmente letal por parte de um indivíduo em crise, é recomendado o uso de armamento como “meio mais adequado”.
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