Sociedade
Bomba em carreta que interditou o Rodoanel era falsa, informa polícia
O motorista do veículo afirmou ter sido sequestrado por homens que amarraram explosivos caseiros ao corpo dele; o homem foi levado a hospital
A Polícia Militar de São Paulo (PMSP) informou que o material amarrado ao corpo de um motorista de carreta no Rodoanel Mário Covas, na região metropolitana da capital paulista, não tinha explosivos. A via ficou interditada por mais de cinco horas na manhã desta quarta-feira 12 por causa do episódio. As pistas já foram liberadas e o tráfego está em processo de normalização.
“A gente conseguiu confirmar que não se tratava de explosivos. A gente conseguiu, depois de socorrer o motorista, fazer essa averiguação, essa inspeção, com auxílio de cães. A gente observou, também, que na parte de trás do caminhão não havia nenhuma carga”, disse o porta-voz da PMSP, Leonardo Simões, em entrevista à GloboNews.
Segundo relato a concessionária que administra a estrada, o motorista da carreta informou que tinha explosivos caseiros amarrados ao corpo. Os dispositivos teriam sido instalados por sequestradores.
A denúncia foi feita ainda de madrugada, e o motorista ficou dentro da cabine da carreta até 9h24. Mesmo após a saída dele, o veículo seguiu parado até depois das 10h, perto do quilômetro 45, perto do município de Itapecerica da Serra. Os suspeitos fugiram do local.
Imagens mostradas ao vivo pela TV Globo registraram o momento que o motorista deixou o caminhão. O homem conversava com um agente policial que usava uma roupa especial antibombas quando caiu no asfalto, aparentando estar desacordado. Ele foi levado a um hospital de Itapecerica da Serra.
Segundo a Polícia Militar Rodoviária, o motorista acionou o centro de controle da rodovia para informar sobre o suposto sequestro e a colocação de explosivos. As pistas, então, foram completamente interditadas e o esquadrão antibombas acionado.
A concessionária SPMar, que administra a rodovia, informou que o motorista saiu do Acre e se dirigia a São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e, segundo relatou, foi obrigado pelos supostos sequestradores a atravessar o caminhão.
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