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Alertas de desastres ambientais bateram recorde em 2024, diz Cemaden

No mesmo período, órgão do governo federal registrou 1.690 ocorrências de calamidades

Alertas de desastres ambientais bateram recorde em 2024, diz Cemaden
Alertas de desastres ambientais bateram recorde em 2024, diz Cemaden
Mais de 100 cidades em Minas Gerais se encontram em estado de emergência. Foto: Douglas Magno/AFP
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Os alertas de desastres naturais no Brasil bateram recorde em 2024, informou o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais em boletim divulgado nesta sexta-feira 10. Foram 3.620 de janeiro a dezembro, alta de 5,7% em comparação com o ano anterior, quando haviam sido registrados 3.425 alertas.

Este é o maior número de incidentes registrados desde o início das atividades de monitoramento, em 2011. No mesmo período, órgão do governo federal registrou 1.690 ocorrências de calamidades, o terceiro maior índice da série histórica.

De acordo com o Cemaden, cerca de 53% dos alertas emitidos no ano passado foram relacionados a riscos geológicos, como deslizamento de terra, enquanto 47% envolveram riscos hidrológicos, como transbordamentos de rios e enxurradas. Em relação às ocorrências registradas, 68% foram hidrológicas e 32% tiveram causas geológicas.

O predomínio de eventos hidrológicos em 2024 é resultado do impacto de enchentes e enxurradas, principalmente em áreas urbanas vulneráveis, explicou o órgão. As notificações se concentraram nas principais regiões metropolitanas do País, como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador.

O ranking dos municípios com maior número de alertas no último ano é liderado por Manaus, com 50 alertas, seguido por Belo Horizonte e São Paulo, ambas com 41. Já no caso das ocorrências registradas, Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, aparece no topo, com 44. Salvador e a capital paulista aparecem em seguida, com 33 e 27, respectivamente.

Com desastres climáticos ao redor do planeta, 2024 foi o ano mais quente da história, com temperatura média de 25,02°C. Essa é a maior média de temperatura desde 1961, quando o Instituto Nacional de Meteorologia deu início à série histórica.

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