Sociedade

Aeronáutica colombiana confirma falta de combustível no avião da Chapecoense

Autoridades afirmam que aeronave não tinha mais combustível no momento do impacto

Aeronáutica colombiana confirma falta de combustível no avião da Chapecoense
Aeronáutica colombiana confirma falta de combustível no avião da Chapecoense
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A Aeronáutica da Colômbia confirmou nesta quinta-feira 1º que o avião da companhia aérea boliviana LaMia que transportava a delegação da Chapecoense não tinha combustível no momento da queda, nas proximidades do aeroporto de Medellín. 

“Podemos afirmar claramente que a aeronave não tinha combustível no momento do impacto, portanto, iniciamos um processo de investigação para saber o motivo”, afirmou o secretário colombiano de Segurança da Aeronáutica Civil (Aerocivil), Freddy Bonilla.

A aeronave caiu na terça-feira 29 nas proximidades da cidade de La Unión, no departamento de Antioquia, a apenas 17 quilômetros do aeroporto, deixando 71 mortos e seis sobreviventes. A falta de combustível tem sido apontada por especialistas como uma das prováveis causas do acidente. Uma gravação divulgada na quarta-feira revelou uma conversa que seria a última entre o piloto do avião e o controle aéreo em Medellín.

No áudio, o piloto relata à torre de controle uma falha elétrica e falta de combustível na aeronave. “Senhorita, LaMia 933 está em pane total, pane elétrica total, sem combustível”, diz uma voz identificada como a do piloto do avião.

Bonilla observou que as normas internacionais estabelecem que uma aeronave deve estar abastecida de combustível suficiente para cobrir a totalidade de sua rota, além de uma quantidade adicional que lhe permita chegar a um aeroporto alternativo em caso de necessidade.

Segundo o secretário, essa reserva adicional de combustível acrescentaria uma autonomia de voo de 30 minutos à aeronave. Ele disse ainda que as condições meteorológicas em Medellín eram ideais para que o avião fizesse sua aproximação e aterrissagem.

O Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Legistas da Colômbia afirmou que, até o momento, foram identificados 59 corpos, dos quais 52 são de brasileiros e além de cinco bolivianos, um paraguaio e um venezuelano.

Follmann passará por nova cirurgia

O goleiro Jackson Follmann, um dos seis sobreviventes do acidente, será submetido a uma nova cirurgia em seus membros inferiores. Em comunicado, o diretor médico do Hospital San Vicente Fundación, Ferney Rodríguez, confirmou que os médicos da Chapecoense e a família do jogador, que teve a perna direita amputada autorizaram o procedimento.

Segundo Rodríguez, Follmann foi “avaliado por diferentes especialistas, e dentro da avaliação foi determinada a necessidade de realizar amanhã a cirurgia, para identificar a evolução clínica de suas lesões em seus membros inferiores”. O atleta continua na unidade de terapia intensiva e vem apresentando  “evolução positiva”, apesar do estado crítico em que se encontra.

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