Um novo laudo pericial da pela Justiça Federal atestou um quadro contínuo de insanidade de Adélio Bispo e riscos à sociedade. O homem encontra-se preso desde o atentado à faca contra Jair Bolsonaro, em 2018, durante um ato de campanha na cidade de Juiz de Fora (MG).
Segundo o documento, Adélio ‘permanece com diagnóstico clínico de transtorno delirante persistente’ e teria “alucinações de cunho religioso, persecutório e político que se manifestam frequentemente”.
Ainda de acordo com o laudo, a situação é agravada pelo fato de Adélio se recusar a receber medicação psicotrópica, recomendada para o tratamento da doença.
Os peritos veem periculosidade persistente do preso, mas indicam que há chances de cura caso ele seja direcionado o tratamento adequado, e calculam um teto de dois anos para ‘medida de segurança’.
Frisam ainda que a medida de segurança imposta a Adélio deveria ser cumprida em um hospital psiquiátrico, já que ele se recusa a receber o tratamento no presídio. Ponderam, no entanto, que a segurança de Adélio poderia ser colocada em risco se ele saísse do Sistema Penitenciário Federal.
Em agosto de 2020, a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a permanência de Adélio Bispo na Penitenciária Federal de Campo Grande. A medida ocorreu após um juiz de Campo Grande decidir que ele deveria ser transferido para um hospital psiquiátrico de Barbacena.
Adélio Bispo foi preso no mesmo do atentado, em 6 de setembro de 2018 e, segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), confessou ter sido o autor do crime.
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