Sociedade
Acesso à internet chega a 84% da população brasileira, impulsionado pelas classes C e D
Apesar do aumento, o levantamento TIC Domicílios 2023 mostra que pelo menos 29 milhões de pessoas permanecem desconectadas no País
O acesso à internet alcançou 84% da população brasileira em 2023. O que significa dizer que 156 milhões de pessoas estão conectadas no País. No ano passado, o índice era de 81%.
A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira 16, é do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).
Nos últimos três meses, o órgão realizou entrevistas em 23.975 mil domicílios com 21,2 mil pessoas, entre 10 anos de idade ou mais.
O resultado mostrou que a expansão na conectividade foi impulsionada pelas classes C e D/E.
Se comparado os anos de 2015 a 2023, a classe C saiu de 56% da população conectada para 91%. No caso das classes D/E saltaram de 16% para 67%.
Por outro lado, a classe A passou de 99% para 98%. Já a classe B foi de 88% para 98%.
Um aspecto importante ressaltado pelos pesquisadores é a qualidade da conexão.
Enquanto as classes C, D/E aumentam seu percentual de população conectada, este acesso tem um dos piores níveis de velocidades de internet. Isto também, porque 25% desses lares compartilham da mesmo da conexão.
A maioria esmagadora, cerca de 99%, tem acesso através dos celulares.
Quem tem mais acesso?
De acordo com a pesquisa, o percentual de usuários de internet no Brasil é maior entre mulheres brancas, moradoras de áreas urbanas da região Sul, com ensino superior, idade entre 16 e 24 anos, e da classe A.
Entre as 29 milhões de pessoas sem acesso à internet estão os homens negros, de áreas urbanas das regiões Nordeste e Sudeste, com ensino fundamental, idade de 60 anos ou mais, e das classes D/E.
Em geral, a pesquisa mostra que os estados do Sul possuem os maiores níveis de conexão, cerca de 88%. Na sequência, a região Sudeste aparece com 87% da população conectada.
Levando em consideração o recorte racial, 86% das pessoas brancas usaram a rede no período analisado, enquanto o índice é de 85% para pessoas pardas e de 82% para pessoas pretas.
O levantamento foi realizado de março a julho de 2023 por meio de entrevistas face-a-face com uma amostra de 21.271 pessoas e 23.957 domicílios.
(Com informações da Agência Brasil)
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