Abin identifica professor do Paraná suspeito de fazer apologia ao nazismo

Peterson Machado, investigado pro racismo e xenofobia, participava de grupos extremistas nas redes sociais e foi preso pela Polícia Civil nesta quinta-feira

Polícia Civil do Paraná prende professor suspeito de fazer apologia ao nazismo. Foto: Fábio Dias

Apoie Siga-nos no

Alvo de uma operação da Polícia Civil, nesta quinta-feira 18, um professor da rede estadual de ensino do Paraná, suspeito de apologia ao nazismo, foi descoberto pela Agência Brasileira de Inteligência durante monitoramento de grupos extremistas atuantes no País.

Peterson Machado é professor de história em dois colégios de Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.

Segundo a agência, o professor publicava em suas redes sociais mensagens que faziam “apologia ao nazismo, difundiam o antissemitismo e estimulavam o negacionismo do holocausto”.

Após ser considerado como um “risco potencial”, o professor virou alvo de uma investigação da Polícia Civil do Paraná.

Indícios encontrados na internet deram, então, embasamento para a Justiça autorizar busca e apreensão em endereços relacionados ao docente e em colégios que ele trabalha.

Os materiais apreendidos serão encaminhados para a perícia. A decisão ainda afastou o professor do cargo. Ele também foi proibido de dar aulas e de usar as redes sociais.


Segundo o delegado Vyctor Grotti, responsável pelo caso, o professor é investigado por incitar a discriminação e preconceito de raça, cor e procedência nacional e por veicular símbolos com apologia ao nazismo.

“Apuramos que o indivíduo, através de suas redes sociais, estaria fazendo apologia ao nazismo, veiculando símbolos e emblemas que utilizam a cruz suástica, além de incitar a discriminação e preconceito de raça, cor e procedência nacional”, diz a Polícia Civil do Paraná em nota sobre a prisão.

As ações do professor só foram identificadas após a Abin intensificar esforços contra grupos extremistas atuantes no Brasil, cuja ideologia estimula o recurso à violência contra grupos étnicos específicos, mulheres e minorias.

A agência trabalha agora para “mapear estruturas extremistas, verificar vínculos com grupos estrangeiros similares, apurar os efeitos negativos do crescimento dessas ideologias para a Democracia e colaborar com as autoridades de segurança para neutralizá-las”.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.