Sociedade

A reação de teatros de São Paulo contra o despejo do Teatro Contêiner

A gestão Ricardo Nunes (MDB) deu um prazo de 15 dias para que a tradicional companhia deixe a sua sede, no centro da capital

A reação de teatros de São Paulo contra o despejo do Teatro Contêiner
A reação de teatros de São Paulo contra o despejo do Teatro Contêiner
O teatro mantém sua sede em um terreno na rua dos Gusmões, na região da Luz. Créditos: Nicole D'Fiori
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Mais de 40 teatros de São Paulo se manifestaram em uma carta aberta contra o despejo do Teatro Contêiner, que está na mira da prefeitura de São Paulo. A gestão de Ricardo Nunes (MDB) fixou um prazo de 15 dias para que a tradicional companhia deixe a sua sede, na região central.

Com o endosso de 60 coletivos e grupos, os representantes dos teatros destacam que a capital deveria instituir políticas de apoio e estímulo para espaços culturais, “jamais interromper um trabalho brilhante de formação de público, artistas e cidadania no centro”.

O documento resgata a história do Teatro Contêiner e enfatiza que o espaço, criado pela Companhia Munguzá de Teatro, foi erguido com recursos próprios e financiamento coletivo.

“Desde então, transformou uma área abandonada em um polo de cultura, diálogo e cuidado com a vida. É um reduto de dignidade em uma São Paulo muitas vezes marcada pelo abandono e pela violência.”

O coletivo cobra que a prefeitura de São Paulo interrompa o processo de despejo ou remoção e reconheça o Teatro Contêiner como um patrimônio cultural e social da cidade.

Instalado desde 2016 em 11 contêineres marítimos na Rua dos Gusmões, o Teatro de Contêiner Mungunzá já realizou mais de 4 mil atividades e acumula prêmios nacionais e internacionais.

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