Uma renda cidadã universal e permanente é a medida de combate à desigualdade social mais defendida pelos moradores da cidade de São Paulo. É o que revela a pesquisa “A cidade que queremos”, realizada pela Rede Nossa São Paulo e divulgada nesta quinta-feira 17.
Segundo o levantamento, 77% dos moradores da capital defendem a renda universal para os paulistanos contra 30% que se colocam contra a medida. Comparado com a última pesquisa, realizada pelo instituto em 2018, houve um aumento de 22% na proporção dos habitantes que favoráveis à medida.
Com a pandemia do novo coronavírus, que aumentou em 80% a população de rua na cidade de São Paulo e levou diversas famílias para condições precárias, a pesquisa mostra que a renda cidadã ganhou força na cidade.
Na Câmara Municipal de São Paulo, existe uma proposta de projeto de lei do vereador Eduardo Suplicy (PT) em que o objetivo é garantir uma renda básica para toda e qualquer pessoa residente no município, sem diferenciar a raça, sexo, idade, condição civil ou socioeconômica.
“O apoio a renda básica vem dos do reconhecimento de uma grande crise, que evidenciou a importância de politicas de seguranças social e fortaleceu sensibilização ao combate a desigualdade”, afirma Carolina Guimarães, pesquisadora da Rede Nossa São Paulo
Taxar os mais ricos
Entre as perguntas feitas aos entrevistados, havia uma a respeito da melhor forma de financiar melhorias para a cidade. Taxar a população mais rica foi a resposta citada com maior frequência, por 38% da população.
A pesquisa foi realizada entre os dias 05 a 21 de setembro de 2020 e entrevistou 800 pessoas. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
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