Sociedade
100 milhões de brasileiros não têm acesso a coleta de esgoto, diz Ranking do Saneamento
O relatório mostra ainda que somente metade de todo o volume é tratada, o que significa mais de 5,3 mil piscinas olímpicas despejadas na natureza diariamente


A ausência de coleta de esgoto atinge 100 milhões de brasileiros, revela o mais recente Ranking do Saneamento Básico, divulgado nesta terça-feira 22, Dia Mundial da Água, pelo Trata Brasil. De acordo com o relatório, 35 milhões de pessoas não têm acesso à agua tratada.
O estudo mostra ainda que somente metade de todo o esgoto é tratada, o que significa mais de 5,3 mil piscinas olímpicas despejadas na natureza diariamente.
Para chegar aos dados, foi feita uma análise dos indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano de 2020, publicado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. O ranking leva em consideração as 100 maiores cidades do País.
O documento também trata dos investimentos feitos no setor pelos municípios. Segundo o Trata Brasil, ao analisar as 20 melhores cidades contra as 20 piores cidades, há diferenças nos indicadores de acesso. “Enquanto 99,07% da população das 20 melhores têm acesso a redes de água potável, 82,52% da população dos 20 piores municípios têm o serviço”.
“A porcentagem da população com rede de coleta de esgoto é ainda mais discrepante: 95,52% da população nos 20 melhores municípios tem os serviços; e somente 31,78% da população nos 20 piores municípios são abastecidos com a coleta do esgoto”, diz o documento.
Leia o relatório completo:
Versão_Final_-_Ranking_do_Saneamento_2022Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.