Vacinação contra Mpox começa nesta segunda; veja quem pode tomar

Segundo o Ministério da Saúde, 47 mil doses estão disponíveis nos 26 estados e no Distrito Federal

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Nesta segunda-feira 13, tem início a vacinação contra a Mpox. De acordo com o Ministério da Saúde, a primeira fase da campanha terá como foco os grupos de risco para as formas graves da doença, a exemplo de pessoas portadoras do HIV e profissionais de laboratórios cuja atuação se dá em locais de exposição ao vírus.

Em novembro de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu como Mpox a doença que ficou conhecida, inicialmente, como “varíola dos macacos”, por entender que o nome anterior podia ser interpretado como racista e discriminatório. A Mpox é viral transmissível entre humanos e seus sintomas mais comuns são dores de cabeça, febre, manchas e bolhas na pele, linfonodos inchados e dores musculares.

O Ministério da Saúde informou que cerca de 47 mil doses estão disponíveis no Programa Nacional de Imunizações (PNI). A indicação do órgão é que o esquema de vacinação seja feito com duas doses por pessoa. 

A população-alvo será dividida entre pessoas que já foram expostas ao vírus e indivíduos que não foram expostos.

Vacinação para quem não foi infectado

Poderão receber as pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHA) com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos inferior a 200 células nos últimos seis meses. Nessa condição, o sistema imunológico tem uma capacidade reduzida de combate a infecções. Estima-se que há cerca de 16 mil pessoas nessa condição no Brasil.


Além disso, poderão receber os profissionais que lidam diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), com idade entre 18 e 49 anos.

Para esse tipo de vacinação, o Ministério da Saúde recomenda um intervalo de 30 dias com qualquer vacina que tenha sido administrada previamente.

Vacinação para quem já foi infectado

Nesse caso, poderão tomar a vacina as pessoas que tiveram contato direto com fluidos ou secreções corporais de quem já teve o diagnóstico de Mpox confirmado, ou que houve suspeita. No caso, a exposição deverá estar dentro da classificação de alto ou médio risco, feita pela OMS. Não há restrição em relação ao intervalo de outras vacinas tomadas, já que o objetivo é bloquear a transmissão.

O Ministério da Saúde informou que a pessoa diagnosticada com a Mpox ou que apresente lesão suspeita no momento da vacinação não poderá receber a dose e deverá aguardar.

Até o momento, foram notificados mais de 50 mil casos suspeitos para a Mpox no Brasil. Do total, 10.301 mil (20,3%) foram confirmados. A vacinação foi aprovada em setembro do ano passado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

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