Vacina de Oxford produz resposta imune em idosos e jovens, diz porta-voz

Resultados científicos devem ser publicados em breve em uma revista especializada

Voluntária recebe dose da vacina da AstraZeneca/Oxford nos EUA (Foto: NELSON ALMEIDA/AFP)

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Uma das vacinas contra a Covid-19 em estágio avançado de testes apresentou resultados favoráveis à imunização de idosos e jovens. Foi o que afirmou um porta-voz do laboratório AstraZeneca, que produz o fármaco em parceria com a Universidade Oxford e que conta, no Brasil, com apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

 

 

 

“É encorajador ver que a resposta imunológica foi similar entre idosos e jovens adultos e que a reatividade [reações adversas] foi menor em adultos mais velhos, [faixa etária] em que a forma grave da Covid-19 é maior”, disse o porta-voz não identificado do laboratório a Reuters nesta segunda-feira 26.

Ainda não foram publicados os resultados dos testes clínicos que apontam o que afirmou o porta-voz, que enfatizou, porém, que os “resultados ajudam a construir a evidência para a segurança e imunogenicidade da AZD1222 [nome científico do fármaco]”.


Segundo a publicação inglesa Financial Times, os resultados devem ser publicados em breve em uma revista científica, como de praxe para a avaliação da comunidade científica.

Apesar dos dados animadores, o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, afirmou que se preparando logisticamente para a aplicação da vacina em meados do primeiro semestre de 2021. Ele afastou a probabilidade da vacina estar pronta para distribuição ainda em 2020.

“O programa está avançando bem, mas ainda não chegamos lá”, disse o ministro em entrevista à BBC.

A vacina teve uma interrupção dos testes clínicos no último mês devido a uma reação adversa encontrada em um dos voluntários.  Os testes foram retomados nos Estados Unidos na sexta-feira 23, o único país onde os testes continuavam suspensos depois de seis semanas após o ocorrido.

“A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) autorizou hoje (sexta-feira) o reinício nos Estados Unidos, depois da retomada dos testes em outros países nas últimas semanas”, informou a AstraZeneca em um comunicado.

 

 

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