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Vacina de Oxford contra Covid-19 precisa de ‘estudo adicional’, diz laboratório

Estudo apresentou eficácia de 62% da vacina inglesa contra a Covid-19

Mulher recebe dose de candidata a vacina contra a Covid-19. Foto: John Cairns/University of Oxford/AFP Foto: John Cairns/University of Oxford/AFP
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O diretor-executivo do laboratório britânico AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou nesta quinta-feira 26 que é necessário fazer mais estudos sobre sua vacina contra a Covid-19, em função dos questionamentos sobre a proteção que ela pode oferecer contra o coronavírus.

 

“Agora que chegamos ao que parece ser uma maior eficácia, temos que validar isso, por isso, precisamos de um estudo adicional”, disse Soriot em entrevista à agência Bloomberg.

O laboratório britânico e a Universidade de Oxford, com quem desenvolve este projeto, anunciaram na segunda-feira 23 que, segundo os resultados dos ensaios clínicos realizados no Reino Unido e Brasil, sua vacina apresenta uma eficácia média de 70%.

No entanto, este dado procede de dois grupos distintos. Um grupo menor, o qual recebeu primeiro meia dose e um mês depois uma dose completa, apresentou uma eficácia de 90%. Um segundo grupo muito maior, que recebeu duas doses da vacina com um mês de diferença, mostrou uma eficácia de 62%.

Andrew Pollard, cientista da Universidade de Oxford, explicou que a diferença pode ser explicada porque “ao dar uma primeira dose menor, estamos preparando o sistema imunológico de um modo diferente, estamos preparando-o melhor para responder”.

Entretanto, os cientistas reconheceram que a quantidade menor administrada inicialmente ao primeiro grupo partiu de um erro na dose que os pesquisadores decidiram manter depois. Além de ser muito menor, este grupo tinha um limite máximo de idade de 55 anos.

Sendo assim, para confirmar os resultados, provavelmente será realizado um outro “estudo internacional”, afirmou Soriot.

“Mas pode ser mais rápido porque sabemos que a eficácia é alta e precisamos de um número menor de pacientes”, acrescentou, destacando que a pesquisa adicional não deve atrasar a aprovação da vacina pelas autoridades de saúde que o laboratório se dispõe a solicitar.

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