Um paper publicado nesta terça-feira 9 pelo The New England Journal of Medicine mostrou o sucesso da vacina da Pfizer contra a cepa brasileira do coronavírus, assim como contra outras mutações encontradas no mundo até o momento.
A imunização com duas doses conseguiu reduzir significativamente a carga viral em 15 amostras de diferentes pacientes que estavam contaminados com as cepas brasileira (P.1), sul-africana (B.1.351) e inglesa (B.1.1.7), todas com potencial transmissor maior do que o vírus que originalmente circulou o mundo.
Os cientistas analisaram os resultados como robustos, apesar de variações de efetividade entre uma variante e outra. A cepa sul-africana foi a que obteve um resultado relativamente menor do que a efetividade das demais, mas com o adendo de que “comparações entre as neutralizações das diferentes amostras devem ser interpretadas com cautela”.
Além disso, as limitações para o estudo incluem a capacidade do vírus em sofrer mutações mesmo após a neutralização decorrente da vacina.
As variantes identificadas têm mudanças na proteína spike, uma das responsáveis pela invasão das células, o que possibilita a subsequente reprodução viral no corpo.
Veja o estudo na íntegra [em inglês].
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