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Uganda anuncia sua primeira morte por ebola desde 2019

As autoridades de saúde locais registraram um foco da doença em Mubende, no centro do país

Vírus do ebola. Foto: Divulgação/Centro de Controle de Doenças dos EUA/Cynthia Goldsmith
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Uganda registrou a primeira morte provocada pelo vírus do ebola desde 2019, informou nesta terça-feira o ministério da Saúde, que anunciou um foco da doença em Mubende, na região central do país.

“O caso confirmado é de um homem de 24 anos, que apresentou sintomas da doença e faleceu, afirmou o ministério no Twitter.

O caso foi provocado por uma cepa rara procedente do Sudão, que não era observada em Uganda desde 2012, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na África, que anunciou o envio de uma equipe para ajudar nas investigações e na resposta.

A ministra da Saúde do país, Ruth Jane Aceng, afirmou à AFP que as autoridades começaram a vacinar os trabalhadores que estão na linha de frente, como profissionais da saúde, das forças de segurança e agentes da imigração e alfândega, nas áreas de fronteira com a República Democrática do Congo (RDC).

Em agosto foi registrado um caso na província congolesa de Kivu Norte, na fronteira com Ruanda e Uganda, menos de seis semanas depois da declaração do fim de uma epidemia na RDC.

“Enviamos 12.000 doses da vacina (contra o vírus do ebola) e esperamos outras 10.000 doses adicionais este mês, para controlar uma eventual propagação do ebola no país”, acrescentou a ministra.

“Além disso, intensificamos a vigilância e busca de contatos do caso confirmado”.

Uganda já registrou várias epidemias de ebola, a mais recente em 2019, com um balanço de cinco mortos.

O vírus do ebola pode ser fatal, com taxas de mortalidade de até 90% para algumas cepas, embora atualmente existam vacinas e tratamentos contra esta febre hemorrágica, que é transmitida aos humanos por animais infectados.

A transmissão entre pessoas ocorre por meio de fluidos corporais. Os principais sintomas são febre, vômitos, sangramento e diarreia.

O Congo, vizinho de Uganda, registrou 14 epidemias de ebola, a mais recente delas entre abril e julho de 2022.

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