Saúde
Suécia relata primeiro caso de cepa mortal de mpox fora da África
A epidemia de mpox provocou a morte de 548 pessoas na RDC desde o início do ano, anunciou o ministro da Saúde do país nesta quinta-feira
A Suécia reportou, nesta quinta-feira (15), o primeiro caso fora da África da variante mais perigosa da mpox, doença anteriormente chamada de “varíola dos macacos”, declarada na quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “emergência de saúde pública internacional”.
“Uma pessoa que buscava tratamento” em Estocolmo “foi diagnosticada com mpox causada pela variante I”, mais contagiosa e perigosa, informou a Agência sueca de Saúde Pública em um comunicado.
“É o primeiro caso provocado pela variante I diagnosticado fora do continente africano”, acrescentou.
A agência de saúde confirmou à AFP que esta é a mesma cepa do vírus detectado na República Democrática do Congo (RDC) em setembro de 2023.
A pessoa se infectou durante uma visita à “parte da África onde há um significativo surto da variante I da mpox”, detalhou o epidemiologista Magnus Gisslen em nota, acrescentando que o paciente recebeu tratamento.
A agência sueca indicou que a “Suécia está preparada para diagnosticar, isolar e tratar pessoas com mpox de forma segura”.
Adicionou ainda que “o fato de um paciente com mpox receber tratamento no país não representa um risco para a população geral, um risco que o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças considera atualmente muito baixo”.
A epidemia de mpox provocou a morte de 548 pessoas na RDC desde o início do ano, anunciou o ministro da Saúde do país nesta quinta-feira.
Na véspera, a OMS declarou a mpox como uma emergência de saúde pública internacional, seu nível de alerta mais elevado.
A mpox foi descoberta em humanos em 1970 na atual RDC (ex-Zaire). É uma doença viral transmitida de animais para humanos, mas também é disseminada pelo contato físico próximo com uma pessoa infectada.
A doença provoca febre, dores musculares e lesões na pele.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



