Sem verba, Ministério da Saúde deve reduzir em 50% leitos de UTI para Covid

O número de leitos custeados pelo governo federal deve passar dos atuais 6830 para 3187 até o final do mês

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Carolina Antunes/PR

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Os leitos de UTI para o enfrentamento à Covid-19 custeados pelo governo federal devem cair à metade até o fim de fevereiro por falta de verbas do Ministério da Saúde. As informações são do O Globo.

 

 

O Conselho Nacional de Secretário de Saúde (Conass) revelou, na sexta-feira 5, que o número de leitos deve passar dos atuais 6830 para 3187 até o final do mês. Em janeiro, eram 7717.

A reportagem teve acesso a um ofício encaminhado pelo Ministério da Saúde ao Ministério da Economia, no dia 29 de janeiro, pedindo a liberação de 5,2 bilhões para o enfrentamento à Covid-19 em 2021.


No documento, o secretário-executivo da Sáude, Elcio Franco, assinala que os recursos previstos no Orçamento de 2021 para o Ministério da Saúde “já encontram-se comprometidos até o final do exercício”. O Orçamento deste ano, que ainda não foi aprovado pelo Congresso, prevê para a pasta R$ 136,7 bilhões, de acordo com dados do Ministério da Economia.

O ofício também solicita “apoio à atenção básica de municípios por meio da manutenção do efetivo de médicos já contratados e custeio de profissionais de saúde residentes; disponibilização de testes para diagnóstico; manutenção de equipes de saúde indígena; disponibilização de equipamentos de proteção individual”.

Pelo menos nove unidades federativas estão com taxas de ocupação para leitos de UTI dedicados à Covid-19 em torno ou acima de 80% — o maior número desde meados de dezembro. São elas: Acre (com 98% de ocupação), Amazonas (91%, dados apenas de Manaus), Ceará (81%), Goiás (89%), Mato Grosso (79,7%), Paraná (83%), Pernambuco (82%), Rondônia (94%) e Roraima (87%).

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