Saúde

Secretario de Saúde de São Paulo é contra lockdown; Doria não descarta a medida

Jean Gorinchteyn, porém, defende a suspensão das aulas presenciais para diminuir a circulação; novas ações podem ser anunciadas nesta quarta

Secretario de Saúde de São Paulo é contra lockdown; Doria não descarta a medida
Secretario de Saúde de São Paulo é contra lockdown; Doria não descarta a medida
Foto: GOVerno de São Paulo
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O secretário de Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou nesta terça-feira 2 ser contra a adoção do lockdown para conter o avanço da Covid-19, ao menos enquanto não houver um auxílio financeiro à população.

“Sou contra lockdown como é feito em outros países, enquanto nós não tivermos esse auxílio para as pessoas que dependem disso. Temos que fazer restrições mais robustas e enérgicas, mas o lockdown no nosso País, não temos condições de fazer. As pessoas vão morrer de fome. Vamos ter um problema civil”, disse Gorinchteyn em entrevista à rádio CBN.

Na entrevista, o secretário também defendeu a suspensão das aulas presenciais no estado a fim de diminuir a circulação de pessoas.

“Se nós estamos entendendo que as pessoas estão em risco circulando, temos que avaliar as situações em que as pessoas estão expostas, então temos que avaliar as escolas. O problema não são as escolas, mas a circulação das pessoas em seus entornos. Professores, pais que levam os filhos, no transporte público. Nos próximos dias vale a observação disso”, acrescentou.

O governador João Doria (PSDB), por sua vez, declarou à GloboNews que não descarta decretar um lockdown no estado de São Paulo. Ele também informou que o Centro de Contingência da Covid-19 se reúne nesta terça para apresentar novas recomendações ao governo.

“Estamos na pior de todas as semanas da Covid-19. O que deliberarem hoje, vamos anunciar amanhã para a população”, disse Doria. Ele também voltou a criticar a postura da gestão Jair Bolsonaro.

Segundo ele, se o governo federal “hoje não oferecer uma resposta concreta”, os estados tomarão a dianteira na adoção de medidas restritivas e na negociação pela compra de vacinas e insumos como seringas e agulhas.

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