Saúde
São Paulo registra 6 mortes por febre maculosa em 2023
Em 2022, segundo o Instituto Adolfo Lutz, houve 53 casos e 37 mortes


O Instituto Adolfo Lutz confirmou nesta terça-feira 13 que o estado de São Paulo registrou seis mortes neste ano causadas pela febre maculosa.
A instituição atestou que um homem e duas mulheres que estiveram em um evento na região de Campinas (SP) no final de maio morreram em decorrência da doença. Uma adolescente de 16 anos que estava na mesma fazenda segue internada.
Em 2022, segundo o Adolfo Lutz, houve 53 casos registrados da doença, com 37 mortes. Já em 2021, foram 76 diagnósticos e 42 óbitos.
O que é a febre maculosa?
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável, que pode apresentar desde as formas clínicas leves e atípicas até quadros graves, com elevada taxa de letalidade. Ela é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.
A lista de sintomas inclui febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e nas orelhas, e paralisia dos membros que pode levar a parada respiratória.
O tratamento da doença é considerado imprescindível para evitar formas mais graves. Ao surgirem os primeiros sintomas, o paciente deve procurar uma unidade de saúde para avaliação médica. O tratamento é feito com antibiótico específico.
O que diz o Ministério da Saúde
A pasta informou, em nota, manter contato com o Centro de Vigilância Epidemiológica do estado de São Paulo e com o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde para acompanhar as investigações.
Afirmou ainda distribuir antimicrobiano para o tratamento da febre maculosa aos estados e promover ações de capacitação para vigilância, além de divulgar diretrizes com orientações de manejo clínico e ambiental.
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