Em apenas quatro semanas, o Estado do Rio de Janeiro teve mais internações por síndrome respiratória aguda grave do que o ano de 2019 inteiro. Foi o que mostrou um levantamento feito pelo site G1, que analisou dados informados pela Fiocruz.
Em 2019, o RJ registrou 1.835 internações por síndrome respiratória grave. Já em 2020, de 8 de maço até 4 de abril, o estado registrou 1.951 casos. Desses quadros, 281 pacientes foram confirmados como covid-19; 840 aguardavam o resultado; 173 testaram negativo; 184 não testaram ou não tinham a informação; 28 foram diagnosticados como outros vírus.
Especialistas apontam a subnotificação como um dos problemas no combate ao coronavírus no Brasil. Sem testes o suficiente para todos, o país acaba não sabendo de fato qual o numero real de infectados, que, segundo o ministério da Saúde, pode ser até 80% maior.
O levantamento apontou também que o número de idosos atingidos quase dobrou nas últimas semanas. De todas as internações em 2019, apenas 13% eram pessoas da terceira idade. Esse número nessas últimas quatro semanas saltou para 25%.
Com esse aumento o sistema de saúde do estado não está dando conta. A TV Globo revelou, nesta segunda-feira (20), dados de um levantamento sobre a lotação das unidades de terapia intensiva (UTIs). Autoridades dizem que 90% dos leitos estão ocupados, mas nas principais emergências da cidade não há mais vagas de terapia intensiva.
As informações do levantamento indicam que, nas 19 unidades de saúde existiam apenas 18 leitos disponíveis em UTIs até esta segunda (21) – 13 deles são exclusivos para crianças, ou seja, sobram cinco leitos para adultos.
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