Saúde

Remédios de baixa qualidade aprovados pela OMS são vendidos em países pobres

Tratamentos e antibióticos vendidos na África não contêm a dosagem adequada e apresentam sérios problemas de qualidade

Remédios de baixa qualidade aprovados pela OMS são vendidos em países pobres
Remédios de baixa qualidade aprovados pela OMS são vendidos em países pobres
Barris de artemisina em um depósito chinês. Foto: ©AFP/File / Frederic J. Brown
Apoie Siga-nos no

WASHINGTON (AFP) – Uma proporção significativa dos tratamentos e antibióticos vendidos principalmente na África, aprovados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), não contém a dosagem adequada e apresentam sérios problemas de qualidade, afirmam dois estudos publicados nesta semana.

Duas pesquisas publicadas na revista Research and Reports in Tropical Medicine sugerem que problemas no processo de fabricação, mais do que falsificações, podem estar entre as causas desta queda de padrão de remédios destinados a países de baixa e média receita.

Até 8% dos remédios contra a malária aprovados pela OMS não contêm a dosagem adequada, ou potencializam a resistência ao tratamento.

Os remédios de fabricação inadequada e as falsificações são alguns dos grandes problemas mundiais, principalmente no momento em que surgem sinais de resistência crescente à artemisina, principal tratamento contra a malária, doença que, segundo a OMS, matou 655 mil pessoas em 2010.

Um estudo testou 104 medicamentos à base de artemisina em farmácias de Gana e Nigéria, oferecidos pela iniciativa Medicamentos Acessíveis contra a Málária, do Fundo de Luta Global contra a Aids, criado para ampliar o acesso aos tratamentos. Oito remédios continham doses significativamente baixas de artemisina, ou menos de 75%, segundo os autores do estudo.

Outro estudo, envolvendo 2.652 medicamentos essenciais, entre eles remédios para malária, tuberculose e infecções bacterianas, constatou que o nível de falha entre os produtos aprovados pela OMS era de 6,8%. As amostras eram originárias de África, Índia, São Paulo, Moscou, Bangcoc, Istambul e Pequim.

O índice mais alto de falhas, ou 17,65%, foi constatado nos produtos chineses aprovados pela OMS, aponta o estudo. Os pesquisadores afirmam que a organização abriu uma investigação.

Leia mais em AFP Móvel

WASHINGTON (AFP) – Uma proporção significativa dos tratamentos e antibióticos vendidos principalmente na África, aprovados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), não contém a dosagem adequada e apresentam sérios problemas de qualidade, afirmam dois estudos publicados nesta semana.

Duas pesquisas publicadas na revista Research and Reports in Tropical Medicine sugerem que problemas no processo de fabricação, mais do que falsificações, podem estar entre as causas desta queda de padrão de remédios destinados a países de baixa e média receita.

Até 8% dos remédios contra a malária aprovados pela OMS não contêm a dosagem adequada, ou potencializam a resistência ao tratamento.

Os remédios de fabricação inadequada e as falsificações são alguns dos grandes problemas mundiais, principalmente no momento em que surgem sinais de resistência crescente à artemisina, principal tratamento contra a malária, doença que, segundo a OMS, matou 655 mil pessoas em 2010.

Um estudo testou 104 medicamentos à base de artemisina em farmácias de Gana e Nigéria, oferecidos pela iniciativa Medicamentos Acessíveis contra a Málária, do Fundo de Luta Global contra a Aids, criado para ampliar o acesso aos tratamentos. Oito remédios continham doses significativamente baixas de artemisina, ou menos de 75%, segundo os autores do estudo.

Outro estudo, envolvendo 2.652 medicamentos essenciais, entre eles remédios para malária, tuberculose e infecções bacterianas, constatou que o nível de falha entre os produtos aprovados pela OMS era de 6,8%. As amostras eram originárias de África, Índia, São Paulo, Moscou, Bangcoc, Istambul e Pequim.

O índice mais alto de falhas, ou 17,65%, foi constatado nos produtos chineses aprovados pela OMS, aponta o estudo. Os pesquisadores afirmam que a organização abriu uma investigação.

Leia mais em AFP Móvel

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo