Saúde
Primeiro exame em brasileiro vindo da Itália dá positivo para o coronavírus
Amostras do paciente, que mora em São Paulo, foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz para a contraprova


Um paciente brasileiro de 61 anos com histórico de viagem para a região da Lombardi, na Itália, testou positivo no primeiro exame para o coronavírus. A informação foi divulgada nesta terça-feira 25 pelo ministério da Saúde. “O ministério da Saúde, em conjunto com as secretarias de saúde estadual e municipal de São Paulo, investiga possível caso de doença pelo coronavírus no município de São Paulo”, divulgou a pasta pelo Twitter.
A notificação foi registrada pelo Hospital Albert Einstein, na zona sul da capital paulista, nesta terça-feira de carnaval. O paciente viajou a trabalho para a Itália entre os dias 9 e 21 de fevereiro e apresenta sinais e sintomas compatíveis com a doença, como febre, tosse seca, dor de garganta e coriza. “O paciente está bem, com sinais brandos e recebeu as orientações de precaução padrão”, informou a pasta.
Segundo comunicado do ministério, o hospital adotou todas as medidas preventivas para transmissão por gotículas, coletou amostras, realizou testes para vírus respiratórios comuns e ainda fez o exame específico para SARS-CoV2. O primeiro resultado saiu após 12 horas de observação. A confirmação depende de uma contraprova, ou seja, um segundo exame. As amostras foram encaminhadas para o Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência nacional.
Este processo de validação dos resultados está em curso e o ministério divulgará o laudo final da investigação oportunamente. A pasta recomenda, portanto, cautela sobre quaisquer informações que não sejam as oficiais, uma vez que a investigação não está concluída.
As secretarias municipal e estadual da Saúde estão realizando a identificação dos contatos no domicílio, hospital e voo, com apoio da Anvisa junto à companhia aérea pela qual o paciente viajou. Todas as ações e medidas seguidas estão de acordo com os protocolos do ministério e da OMS e diariamente atualizações são informadas em coletivas e boletins epidemiológicos.
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