A Prevent Senior divulgou um comunicado aos associados e à comunidade na segunda-feira 29 afirmando que não há qualquer pesquisa científica que comprove a eficácia dos medicamentos do kit Covid, caso da cloroquina e hidroxicloroquina.
O comunicado faz parte de um ajuste de conduta firmado entre a Promotoria de Saúde do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), e homologado pelo Conselho Superior do MP, e que prevê uma série de mudanças que a operadora precisa cumprir.
No texto, a Prevent Senior diz que a divulgação da eficácia do “kit Covid” não correspondia “efetivamente a uma pesquisa científica, limitando-se a dados obtidos internamente para fins estatísticos, sem qualquer tipo de viés científico”.
A operadora ainda afirma que “não obteve autorização do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) para a realização de estudos científicos envolvendo a cloroquina e a hidroxicloroquina” e ainda se comprometeu a não mais distribuir o kit Covid, que ainda é composto por medicamentos como flutamida, etarnecept, azitromiana, oseltamivir, ivernectina, nitazoxanida, colchicina, zrtzco, corticoides, vitaminas e anticoagulantes.
Ainda estão entre os anúncios do termo o compromisso da operadora de respeitar a autonomia médica “que não pode estar condicionada a indicações gerais e abstratas oriundas das esferas superiores da empresa para tratamentos de moléstias” e o veto à alteração do código de diagnóstico de pacientes (CID); e a criação da figura do ombudsman, um profissional que não faz parte da operadora e que teria como tarefa fiscalizar internamente. De acordo com a proposta, o profissional seria escolhido pelos donos da Prevent em uma lista tríplice indicada pelo Idec.
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