Saúde

Pfizer faz proposta de ‘milhões’ de doses de vacina ao governo brasileiro

Oferta permitiria imunizar ‘alguns milhões de brasileiros no primeiro semestre’ de 2021, após aprovação da Anvisa

Foto: Justin Tallis/AFP Foto: Justin Tallis/AFP
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A farmacêutica Pfizer, que anunciou nesta quarta-feira 18 que a vacina que desenvolve contra a Covid-19 teve eficácia de 95% de imunização na última fase de testes, afirmou que fez uma proposta de “milhões” de doses do imunizante ao governo brasileiro para serem aplicadas já no 1º semestre de 2021.

Em nota, a Pfizer afirmou que as doses permitiriam “vacinar alguns milhões de brasileiros no primeiro semestre, sujeita à aprovação regulatória” da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que precisa comprovar a segurança da vacina.

A empresa norte-americana, que produz o imunizante em parceria com o laboratório BioNTech, afirmou que irá apresentar toda a documentação para a agência americana de medicamentos – a Food and Drug Administration (FDA) – dentro de alguns dias. No entanto,  adianta que os resultados obtidos pelos estudos clínicos da fase 3 já apontam que a vacina ultrapassa “o marco de dados de segurança” para um possível “uso emergencial”.

“As empresas esperam produzir globalmente até 50 milhões de doses de vacina em 2020 e até 1,3 bilhão de doses até o final de 2021”, diz a empresa.

Um dos pontos de preocupação sobre a vacina são as baixíssimas temperaturas necessárias para conservação das doses, girando em torno de – 75ºC. Em resposta a isso, a Pfizer afirmou que elaborou uma embalagem especial, em formato de caixa, para controle de temperatura, “fácil de transportar e manipular, que utiliza gelo seco para manter a condição de armazenamento recomendada por até 15 dias. A caixa possui ainda um dispositivo de controle de temperatura e localização por GPS”, complementa a companhia.

Dados divulgados hoje

O dado divulgado nesta quarta-feira 18 é melhor que os resultados parciais publicados na semana passada e que mostravam “mais de 90%” de efetividade da vacina. Isto significa que 162 membros do grupo placebo do teste contraíram Covid-19, contra apenas oito no grupo vacinado.

O resultado foi registrado dentro dos sete dias da segunda dose da vacina, que é tomada em duas doses com três semanas de intervalo. O protocolo do teste era avaliar a eficácia uma vez que alcançasse 170 casos nos dois grupos.

Mais de 43.000 pessoas se apresentaram como voluntárias para o teste, que começou no fim de julho.

*Com informações da AFP

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